19/10/2013

JOSE MARCOS DE LIMA E Drª MADALENA CRISPIM RECEBEM TÍTULO DE CIDADÃO DE CAMPINA GRANDE-PB

Câmara Municipal realizou sessão solene nesta quinta-feira para homenagear os médicos/empresários José Marcos Lima e Madalena Crispim, proprietários do Hospital da CLIPSI com título de cidadania campinense, atendendo propositura do vereador Antonio Alves Pimentel. A solenidade ontem ás 19 horas, no Plenário da Casa Félix Araújo.

Os dois profissionais, um vindo do vizinho estado vizinho de Pernambuco e a médica Madalena da cidade de Teixeira/PB, em 1967 instalaram o Hospital da CLIPSI, em uma casa com nove compartimentos. O hospital foi iniciado com apenas 14 leitos e 02 médicos plantonistas e 30 funcionários. Atendimento pediátrico a nível ambulatorial e internação hospitalar.

Em 1984 foi a primeira Unidade de Neonatologia, fundada em Campina Grande, qualificando o hospital como referência em toda a região. Também se deve dar destaque ao materno infantil, aliando-se à experiência de mais de 43 anos dedicados a criança, com o título Hospital Amigo da Criança, outorgado pela UNICEF, no dia 16 de abril de 1997.


NO DISCURSO DE AGRADECIEMNTO DISSE Drª MADALENA CRISPIN: ''Em uma época que a assistência hospitalar era realizada pelos hospitais Pedro I, Alcides Carneiro (HUAC), Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA) e Hospital Antônio Targino, senti a necessidade de um serviço voltado para a população infantil, sobretudo a mais carente. Inspirada pelo espírito empreendedor do meu pai Geminiano Crispim e do meu esposo José Marcos de Lima, criamos a Clinica e Pronto Socorro Infantil, este empreendimento pioneiro em nossa cidade.

Inicialmente, entramos em funcionamento, no dia 05 de agosto de 1967, numa residência alugada, situada na Av. Floriano Peixoto, nº62. Nossa estrutura era composta por 14 leitos e 30 funcionários. Existia aí, mais vontade e determinação do que equipamentos e tecnologia. Sendo assim, predominava mais a capacidade técnica dos recursos humanos, através de médicos e equipe de enfermagem. Após um mês de funcionamento, fomos agraciados com convênio pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), para as pessoas que portavam a carteira profissional, com vínculo empregatício ou autônomos, através da direção local do órgão, formada pelos médicos Dr. Gutemberg Falconi, Dr. Raiff Ramalho e Dr. Paulo Galvão.

A década de 1960, foi marcada por passeatas, movimento Hippie, manifestações e emancipação da mulher, bem como grande instabilidade política que acabou por culminar no Golpe Militar de 1964. Durante esses anos, o atendimento pelo sistema público ocorria normalmente através do INPS. Só no final da década de 1980, inicio de 1990, entrou em atividade o Sistema Único de Saúde (SUS), que conhecemos nos dias atuais.

Na década de 1970, a Universidade Federal da Paraíba Campus II (hoje UFCG) trouxe para nossa cidade o curso de Medicina, ampliando o número de médicos em nossa região. A especialidade de pediatria contava com um bom número de médicas, já que o sentimento materno das mulheres são mais aguçados e as fizeram buscar essa especialização.

Foi durante os anos 80 que se deu inicio a ampliação das atividades e da estrutura física da Clinica e Pronto Socorro Infantil que passou a ser CLIPSI Hospital Geral. Por meio da arquiteta Constancia Crispim, as instalações que conhecemos hoje, ganharam vida. Construímos um equipamento com área total de 12.007,68 m². Assim passamos a funcionar com todas as clínicas, mas sempre voltados à pediatria. Em 1984, fomos a primeira unidade de neonatologia fundada em Campina Grande.

Já na Década de 1990, graças a um grande esforço de toda nossa equipe e por abraçar abnegadamente o projeto do Fundo das Nações Unidas para a Infância, recebemos o título de Hospital amigo da criança. Houve também o início da ala de convênios do Hospital. Nos dias atuais, temos um corpo clínico aberto que permite a qualquer médico de Campina Grande, utilizar nossas instalações para atendimento aos seus pacientes.

Campina Grande foi a cidade que abraçou meus sonhos e minhas conquistas. Aqui cheguei aos 16 anos, vinda do sertão da Paraíba, construí minha família e meu trabalho nesta terra da qual nutro imenso carinho. Durante esses anos e nos próximos, continuarei a trabalhar em prol da saúde do nosso município e da nossa região, tendo certeza de ser esse um trabalho gratificante e recompensador, pois se trata de dar assistência às pessoas quando elas mais precisam.''

 Por Marcello Patriota

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