04/01/2015

Hilton: posso não entender de esporte, mas entendo de gente

George Hilton (PRB), novo ministro do Esporte

Criticado pela falta de conhecimento para assumir o Ministério do Esporte, George Hilton (PRB) disse nesta sexta-feira, ao receber o cargo de Aldo Rebelo, que tem possui capacidade de ouvir, dialogar e aprender. “Posso não entender profundamente de esporte, mas entendo de gente”, discursou, em cerimônia no auditório do ministério.

Apresentador, radialista, animador e teólogo, George Hilton é líder do PRB na Câmara dos Deputados. A indicação da presidente Dilma Rousseff foi criticada por atletas e pessoas ligadas ao esporte, já que o ministério é considerado estratégico às vésperas das Olimpíadas de 2016. “Eu me comprometo com o legado dos Jogos Olímpicos”, disse.

Hilton usou sua experiência como líder de bancada para enaltecer sua capacidade de ouvir diferentes ideias e dialogas. “Eu sei ouvir as pessoas, eu sei dialogar, sei criar convergência e usarei essa capacidade em favor do esporte brasileiro”, afirmou. “Respeito as críticas, as críticas não me abatem”, acrescentou.

Em um auditório lotado por dirigentes de entidades esportivas, apenas um atleta foi anunciado pelo cerimonial do ministério: Emanuel Rego, medalhista olímpico do vôlei de praia. Casado com a ex-jogadora de vôlei Leila Barros – filiada também ao PRB e atual secretária de Esporte do Distrito Federal -, o esportista foi convidado para sentar à mesa, ao lado do novo ministro.

Em seu primeiro discurso como ministro, George Hilton prometeu fortalecer os quadros técnicos do ministério e renovar a Lei de Incentivo ao Esporte, que vence este ano. Ele também colocou como prioridade a formação de atletas de base em programas escolares. “Esporte de base, essa será a tônica do ministério. O Brasil precisa ser campeão também lá na base”, disse. Apesar de prometer diálogo, o novo ministro deixou a cerimônia sem falar com a imprensa.
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Hino a capela
Antes da transmissão de cargo para o novo ministro, o Hino Nacional foi cantado a capela pelas autoridades e convidados. Não foi nenhuma referência ao espetáculo das torcidas durante a Copa do Mundo, que concluía o hino sem a base instrumental, mas uma falha no sistema de som do auditório.

(Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados)

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