Senador eleito por Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho (PSB) disse que, apesar de seu partido não pretender fazer oposição sistemática no segundo mandato da presidente Dilma, relação com o governo "não será uma lua de mel"; intenção de diálogo por parte de Dilma terá que ser colocada em prática o quanto antes, afirmou ao 247; "Os espaços são estreitos, seja no Congresso ou com a sociedade. Ela tem que apresentar, e rapidamente, uma agenda de reformas para o futuro do Brasil, até porque 2015 será um ano bastante difícil"; ele também procurou distanciar o PSB da postura do PSDB; "Não tem terceiro turno. Dilma ganhou a eleição de forma democrática e legítima. Agora, cada um vai fazer o papel que a população determinou", disse
Paulo Emílio, Pernambuco 247 - O ex-ministro da Integração Nacional e senador eleito por Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho (PSB), disse que apesar do seu partido não pretender fazer uma oposição sistemática ao longo do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, a relação com o governo "não será uma lua de mel". Segundo ele, a intenção de diálogo por parte da presidente Dilma terá que ser colocada em prática o quanto antes. "Os espaços são estreitos, seja no Congresso ou com a sociedade. Ela tem que apresentar, e rapidamente, uma agenda de reformas para o futuro do Brasil até porque 2015 será um ano bastante difícil".
Ele também condenou a postura condicionante do PSDB para dialogar com a base governista. "Não tem terceiro turno. Dilma ganhou a eleição de forma democrática e legítima. Agora, cada um vai fazer o papel que a população determinou", disse Fernando Bezerra, que também é um dos vice-presidentes nacionais do PSB.
Segundo ele, o governo segurou o anúncio de medidas amargas para o período pós-eleitoral em função das eleições, o que acabou por reduzir os espaços para o diálogo. "A presidente segurou muito para anunciar medidas que agora estão sendo implementadas. Faltou transparência no processo. Dizíamos isso lá atrás. Eduardo Campos [ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República pelo PSB que faleceu em um acidente aéreo em agosto deste ano] já falava isso. Agora está se confirmando", disparou.
Apesar de afirmar que o PSB não fará uma oposição sistemática, ele disse que o partido também não deverá voltar a integrar a base governista. "Não tem lua de mel. Ela [Dilma] não ganhou um passe nem com os partidos e nem com a sociedade. Vamos apoiar o que for de interesse do Brasil e que esteja próximo do conteúdo programático que defendemos", ressaltou.
FBC disse que algumas das expectativas passam pela área econômica, como o controle da inflação, medidas para conter o déficit das contas públicas, retomada do crescimento econômico, dificuldade de investimentos, além da questão energética, entre outros pontos.
"No momento ela está montando a sua equipe. O PSB espera que a escolha [para o Ministério da Economia} seja feito com alguém que tenha capacidade técnica e que seja capaz de enfrentar os problemas que estão aí e que anime a confiança para o futuro, até porque 2015 será um ano bastante difícil, de aperto. Não precisa necessariamente ser alguém ligado ao mercado, mas é preciso ter esta perspectiva de retomar o crescimento num futuro próximo", avaliou.
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