13/10/2014

PT QUER TRAZER LULA E DILMA DUAS VEZES PARA PE


O apoio da família Campos a Aécio Neves acendeu a luz de alerta para o PT no Nordeste; temor é que Pernambuco, único estado da região onde a presidente Dilma perdeu no primeiro turno, sirva para alavancar a candidatura tucana onde o PT é mais forte; para evitar essa possibilidade, o PT quer levar, em duas ocasiões, Dilma e Lula para atos de campanha em Pernambuco; segundo o ministro Gilberto Carvalho, Dilma também deverá buscar uma reaproximação com Renata Campos, viúva do ex-governador Eduard Campos, após as eleições

Pernambuco 247 - O apoio da família do ex-governador Eduardo Campos (PSB) ao candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, acendeu a luz de alerta para o PT na Região Nordeste. O temor é que Pernambuco, único estado do Nordeste onde a presidente e candidata à reeleição Dilma Rouseff perdeu no primeiro turno, sirva para alavancar a candidatura tucana na região onde o PT é mais forte em todo o país. Para evitar uma migração de votos para Aécio, o PT quer levar, em duas ocasiões, tanto Dilma quanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para atos de campanha em Pernambuco.

Apesar da vinda de Lula e Dilma não estarem confirmadas, o PT trabalha com a possibilidade de que Lula participe de um comício em Goiana, na Zona da Mata Norte. A ideia é reforçar que um dos maiores empreendimentos em implantação no Estado, a fábrica da montadora de automóveis Fiat, só veio à Pernambuco graças ao emprenho do PT. "O presidente Lula deve ir aí no segundo turno. Queremos fazer um grande comício com ele, provavelmente em Goiana, justamente para lembrar a ida da fábrica da Fiat", disse o ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, em entrevista á Rádio Jornal, na manhã desta segunda-feira (13).

A ida da Fiat para Pernambuco é uma das armas que o PT pretende usar após o PSDB receber o apoio do PSB pernambucano e da família Campos. Durante o primeiro turno da campanha presidencial, em um ato de campanha em Minas Gerais, Aécio criticou o fato do PT ter aprovado uma lei concedendo benefícios fiscais para que empresas automotivas implantassem fábricas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

"Nós estivemos com o presidente Lula determinando a fábrica da Fiat aí. E o candidato Aécio Neves tem um pronunciamento criticando a ida da fábrica da Fiat para Goiana e não para Belo Horizonte (MG)", disparou. "Agora ele faz demagogia com o povo aí", completou Carvalho. "Se não fosse o apoio do presidente Lula, Eduardo não teria feito o que ele teria feito aí não. O outro candidato foi quem lutou muito para que a Fiat não fosse para aí", afirmou o ministro.

Apesar da agenda de campanha ainda não estar definida, o ministro observou que a presidente Dilma deverá procurar Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos, após o término das eleições. "Passado tudo isso, se Deus quiser com a presidenta Dilma reeleita, a própria presidenta vai falar com a Dona Renata e com a família e lembrar a eles que nós sempre fomos parceiros", disse Gilberto Carvalho.

Segundo ele, o momento atual pede respeito quanto a posição adotada pela família Campos. Carvalho também ressaltou que não haverá retaliação em relação as obras em andamento no Estado pelo fato do P'SB ter optado apoiar Aécio Neves no segundo turno da corrida presidencial. "Nós devemos retomar, ou agora ou depois da eleição, mas pode ter certeza que nenhuma obra vai ficar parada aí, não", assegurou.

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