Afirmação do ex-ministro e candidato ao Senado pelo PSB, Fernando Bezerra Coelho, de que, em um cenário onde Dilma Rousseff e Aécio Neves passem para o segundo turno, o PSB pode optar por seguir com o PT da presidente, causou estranheza no meio tucano; "Tal posicionamento só gera perdas para o eleitorado do PSDB e não agrega ganho algum ao do PT. Qual foi o propósito do ex-ministro?”, questionou o deputado federal e presidente do PSDB-PE, Bruno Araújo
Pernambuco 247 - O ex-ministro e candidato ao Senador pelo PSB, Fernando Bezerra Coelho, afirmou que, em um cenário onde a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) passem para o segundo turno, o PSB ainda pode optar por seguir com o PT. Apesar de o socialista garantir a presença do ex-governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, no segundo turno da eleição presidencial, FBC afirmou que é com o PT que o PSB tem mais pontos em comum. A afirmação não repercutiu bem entre o tucanato pernambucano, que questionou o teor da declaração. Tal posicionamento só gera perdas para o eleitorado do PSDB e não agrega ganho algum ao do PT. Qual foi o propósito do ex-ministro?”, questionou o deputado federal e presidente do PSDB-PE, Bruno Araújo.
“Politicamente, é mais provável que o PSB apoie o PT, mas tudo vai depender da campanha. O cenário pode mudar neste período. O PSB vai tomar uma posição”, disse FBC em entrevista ao Diário de Pernambuco. “Mas quem vai para o segundo turno é Eduardo Campos. Todas as pesquisas mostram que a população quer o novo, e ele representa isso”, acrescentou.
A declaração de Bezerra Coelho foi assunto de uma reunião da executiva do PSDB em Pernambuco, que argumentou que o ex-ministro deve esclarecer a informação. “Me parece infeliz a declaração do pré-candidato Fernando Bezerra Coelho ao Senado. Tal posicionamento só gera perdas para o eleitorado do PSDB e não agrega ganho algum ao do PT. Qual foi o propósito do ex-ministro?”, questionou o deputado federal e presidente do PSDB-PE, Bruno Araújo, ao Blog de Jamildo.
A declaração do ex-ministro não é a primeira mostra do fim do pacto de não-agressão entre o PSB e o PSDB. Os dois partidos, que evitavam se bater para desgastar a imagem da presidente Dilma Rousseff (PT) e davam mostras de que iriam se unir em um eventual segundo turno, já deram indicações de que devem por fim ao clima de paz entre as duas legendas.
A ex-ministra e vice na chapa de Campos, Marina Silva (PSB), já afirmou que o PSDB “cheira a derrota” se for para o segundo turno contra o PT. O próprio Campos admitiu que a declaração da vice é “um fato”, e alfinetou o ensino público de Minas Gerais, reduto eleitoral de Aécio. “Temos mais alunos em tempo integral em Pernambuco do que nos Estados de Minas Gerais, de São Paulo e do Rio de Janeiro juntos”, alfinetou Campos.
0 comentários:
Postar um comentário