Após fim da greve, viaturas começaram a deixar o 12º Batalhão da PM, na Várzea, Zona Oeste da capital (Foto: Luna Markman / G1)
Após a liderança do movimento grevista da Polícia Militar encerrar a paralisação, alguns batalhões já entraram em atividade, no início da noite desta quinta-feira (15), colocando equipes nas ruas, principalmente em áreas consideradas críticas pela Secretaria de Defesa Social (SDS). Apesar da mobilização, vias do Recife ainda permanecem esvaziadas, com poucos carros e pessoas circulando. Parte dos estabelecimentos comerciais, que costumam abrir no período noturno, decidiram manter as portas fechadas, temendo a onda de saques e furtos registrada em vários pontos da Região Metropolitana.
A reportagem do G1 registrou a presença de patrulhas do bairro assim como grupos de militares do Exército realizando o policiamento ostensivo na capital. Logo após o encerramento da greve, PMs ainda aguardavam orientações para voltar ao trabalho no 16º Batalhão, no Cais de Santa Rita, área central do Recife.
Após a liderança do movimento grevista da Polícia Militar encerrar a paralisação, alguns batalhões já entraram em atividade, no início da noite desta quinta-feira (15), colocando equipes nas ruas, principalmente em áreas consideradas críticas pela Secretaria de Defesa Social (SDS). Apesar da mobilização, vias do Recife ainda permanecem esvaziadas, com poucos carros e pessoas circulando. Parte dos estabelecimentos comerciais, que costumam abrir no período noturno, decidiram manter as portas fechadas, temendo a onda de saques e furtos registrada em vários pontos da Região Metropolitana.
A reportagem do G1 registrou a presença de patrulhas do bairro assim como grupos de militares do Exército realizando o policiamento ostensivo na capital. Logo após o encerramento da greve, PMs ainda aguardavam orientações para voltar ao trabalho no 16º Batalhão, no Cais de Santa Rita, área central do Recife.
PMs que estavam no Quartel do Derby seguiram para áreas
consideradas críticas pela SDS (Foto: Débora Soares/G1)
No Quartel do Derby, que é o comando operacional da corporação, na mesma região, a reportagem apurou que os 120 PMs que estavam aquartelados seguiram em comboios para áreas consideradas perigosas - as localidades não foram informadas.
No 12º BPM, sediado na Várzea, Zona Oeste do Recife, equipes formadas por quatros homens, em cada viatura, estavam voltando ao serviço nas ruas. As equipes iriam reforçar o policiamento em áreas como Afogados e Roda de Fogo, nos Torrões.
O 11º BPM, em Apipucos, na Zona Norte, informou que cerca 30 viaturas já estavam circulando pelas ruas. Na Avenida 17 de Agosto, nas imediações do Plaza Casa Forte, o G1 flagrou uma ação do Exército em parceria com a Patrulha do Bairro da PM. Cinco pessoas foram detidas suspeitas de provocar arrastão na área.
Centro Integrado de Operações da Defesa Social (Ciods).
O BPChoque, localizado na Benfica, Zona Oeste do Recife, também está recolocando o efetivo na rua. Por volta das 22h30, duas motos seguiram para Boa Viagem. Uma viatura foi para a Avenida Conde da Boa Vista e um ônibus com 24 homens seguiu para Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, onde nesta quinta (15) e na quarta (14) foram registrados saques no comércio.
PM e Exército estão levando todas as ocorrências para a Central de Flagrantes da Polícia Civil, onde também fica o 13º BPM, que já estava com o serviço normalizado. O local estava bastante movimentado nesta noite, com várias autuações sendo realizadas. No entanto, nenhum balanço oficial foi divulgado. Já as ocorrências envolvendo jovens são encaminhadas ao Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA). Policiais militares também voltaram a trabalhar em duas blitze da Lei Seca, montadas no Centro da capital.
Fim do movimento
A comissão independente de policiais e bombeiros militares decidiu encerrar a greve da Polícia Militar, na noite desta quinta, em assembleia no Centro do Recife. A reunião foi tumultuada e os líderes do movimento chegaram a ser vaiados por quem queria continuar com a paralisação. "Paramos porque entendemos que a sociedade pernambucana não pode continuar sofrendo", disse Joel Maurino, representante dos policiais. Em nota, o Ministério da Justiça informou que as tropas da Força Nacional de Segurança Pública e do Exército vão permanecer no estado "até que a situação se normalize por completo."
Três itens foram acordado com o governo: a reestruturação do Hospital da PM, implantação da gratificação por risco de vida no salário-base e a aprovação, até julho, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), de promoções para os praças. A categoria, que iniciou o movimento na noite de terça (13), também cobrava aumento de 30% a 50%, dependendo da patente. No entanto, recuou da exigência. Durante a tarde, o secretário da Casa Civil, Luciano Vasquez, afirmou que o canal de diálogo havia sido encerrado após a paralisação ter sido decretada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
Exército patrulha área próxima à Praça de Casa Forte, Zona Norte do Recife (Foto: Luna Markman / G1)
Em coletiva de imprensa antes de ser informado sobre o fim do movimento, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que poderia convocar a Marinha e a Aeronáutica, se fosse preciso, para manter a segurança pública. "Na busca da garantia da paz, todas as forças do governo federal estão mobilizadas e solidárias. Não consideramos razoável que medidas assim gerem pânico e prejuízo aos cidadãos", comentou.
Prisões e onda de saques
A Polícia Civil de Pernambuco informou, nesta noite, que 234 pessoas foram detidas no estado suspeitas de furtos, roubos, porte ilegal de arma de fogo, dano qualificado, perturbação do sossego, entre outros crimes. As prisões foram realizadas nas últimas 24 horas e 102 pessoas foram autuadas em flagrante.
Policial captura suspeito de saque no Grande Recife (Foto: GloboNews)
Durante o movimento, saques, depredações e outros crimes foram registrados em cidades do Grande Recife e no interior do estado. O comércio fechou as portas em várias localidades e as aulas foram suspensas em universidades e escolas públicas e particulares. O clima de insegurança deixou ruas desertas e o trânsito livre nos principais corredores da capital pernambucana. Empresas suspenderam o expediente mais cedo e liberaram funcionários.
Em Paulista, Região Metropolitana, vândalos arrombaram e furtaram lojas no centro comercial da cidade nesta quinta. Policiais da Companhia de Operações e Sobrevivência em Área de Caatinga (Ciosac) encontraram eletrodomésticos escondidos em telhados e entre as bancas de uma feira e na área do comércio informal do município. Funcionários de uma empresa de segurança privada chegaram a efetuar disparos para o alto para retirar dinheiro de um caixa e levá-lo para um carro-forte. Em Abreu e Lima, também na Região Metropolitana, houve saques a lojas e veículos que trafegavam na BR-10. Patrulheiros da Polícia Rodoviária Federal prenderam 9 pessoas.
Avenida Agamenon Magalhães, uma das principais do Recife, foi fechada por assaltantes (Foto: Ezequiel Vannoni/Agencia JCM/Fotoarena)
No Centro do Recife, um boato de arrastão fez parte do comércio fechar as portas. No bairro da Encruzilhada, Zona Norte da cidade, houve um arrastão. Um grupo formado por cerca de 30 pessoas passou em direção ao Arruda, pela Avenida Beberibe. A agência dos Correios que fica no bairro fechou e clientes ficaram revoltados.
A Prefeitura e a Câmara de Toritama, no Agreste do estado, foram depredadas e tiveram mobiliário queimado. Adolescentes suspeitos de participar dos atos de vandalismo foram apreendidos e levados à Delegacia de Santa Cruz do Capibaribe, na mesma região.
Lojas de Abreu e Lima foram saqueadas durante a paralisação da PM (Foto: Veetmano/ Estadão Conteúdo)
consideradas críticas pela SDS (Foto: Débora Soares/G1)
No Quartel do Derby, que é o comando operacional da corporação, na mesma região, a reportagem apurou que os 120 PMs que estavam aquartelados seguiram em comboios para áreas consideradas perigosas - as localidades não foram informadas.
No 12º BPM, sediado na Várzea, Zona Oeste do Recife, equipes formadas por quatros homens, em cada viatura, estavam voltando ao serviço nas ruas. As equipes iriam reforçar o policiamento em áreas como Afogados e Roda de Fogo, nos Torrões.
O 11º BPM, em Apipucos, na Zona Norte, informou que cerca 30 viaturas já estavam circulando pelas ruas. Na Avenida 17 de Agosto, nas imediações do Plaza Casa Forte, o G1 flagrou uma ação do Exército em parceria com a Patrulha do Bairro da PM. Cinco pessoas foram detidas suspeitas de provocar arrastão na área.
Centro Integrado de Operações da Defesa Social (Ciods).
O BPChoque, localizado na Benfica, Zona Oeste do Recife, também está recolocando o efetivo na rua. Por volta das 22h30, duas motos seguiram para Boa Viagem. Uma viatura foi para a Avenida Conde da Boa Vista e um ônibus com 24 homens seguiu para Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, onde nesta quinta (15) e na quarta (14) foram registrados saques no comércio.
PM e Exército estão levando todas as ocorrências para a Central de Flagrantes da Polícia Civil, onde também fica o 13º BPM, que já estava com o serviço normalizado. O local estava bastante movimentado nesta noite, com várias autuações sendo realizadas. No entanto, nenhum balanço oficial foi divulgado. Já as ocorrências envolvendo jovens são encaminhadas ao Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA). Policiais militares também voltaram a trabalhar em duas blitze da Lei Seca, montadas no Centro da capital.
Fim do movimento
A comissão independente de policiais e bombeiros militares decidiu encerrar a greve da Polícia Militar, na noite desta quinta, em assembleia no Centro do Recife. A reunião foi tumultuada e os líderes do movimento chegaram a ser vaiados por quem queria continuar com a paralisação. "Paramos porque entendemos que a sociedade pernambucana não pode continuar sofrendo", disse Joel Maurino, representante dos policiais. Em nota, o Ministério da Justiça informou que as tropas da Força Nacional de Segurança Pública e do Exército vão permanecer no estado "até que a situação se normalize por completo."
Três itens foram acordado com o governo: a reestruturação do Hospital da PM, implantação da gratificação por risco de vida no salário-base e a aprovação, até julho, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), de promoções para os praças. A categoria, que iniciou o movimento na noite de terça (13), também cobrava aumento de 30% a 50%, dependendo da patente. No entanto, recuou da exigência. Durante a tarde, o secretário da Casa Civil, Luciano Vasquez, afirmou que o canal de diálogo havia sido encerrado após a paralisação ter sido decretada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
Exército patrulha área próxima à Praça de Casa Forte, Zona Norte do Recife (Foto: Luna Markman / G1)
Em coletiva de imprensa antes de ser informado sobre o fim do movimento, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que poderia convocar a Marinha e a Aeronáutica, se fosse preciso, para manter a segurança pública. "Na busca da garantia da paz, todas as forças do governo federal estão mobilizadas e solidárias. Não consideramos razoável que medidas assim gerem pânico e prejuízo aos cidadãos", comentou.
Prisões e onda de saques
A Polícia Civil de Pernambuco informou, nesta noite, que 234 pessoas foram detidas no estado suspeitas de furtos, roubos, porte ilegal de arma de fogo, dano qualificado, perturbação do sossego, entre outros crimes. As prisões foram realizadas nas últimas 24 horas e 102 pessoas foram autuadas em flagrante.
Policial captura suspeito de saque no Grande Recife (Foto: GloboNews)
Durante o movimento, saques, depredações e outros crimes foram registrados em cidades do Grande Recife e no interior do estado. O comércio fechou as portas em várias localidades e as aulas foram suspensas em universidades e escolas públicas e particulares. O clima de insegurança deixou ruas desertas e o trânsito livre nos principais corredores da capital pernambucana. Empresas suspenderam o expediente mais cedo e liberaram funcionários.
Em Paulista, Região Metropolitana, vândalos arrombaram e furtaram lojas no centro comercial da cidade nesta quinta. Policiais da Companhia de Operações e Sobrevivência em Área de Caatinga (Ciosac) encontraram eletrodomésticos escondidos em telhados e entre as bancas de uma feira e na área do comércio informal do município. Funcionários de uma empresa de segurança privada chegaram a efetuar disparos para o alto para retirar dinheiro de um caixa e levá-lo para um carro-forte. Em Abreu e Lima, também na Região Metropolitana, houve saques a lojas e veículos que trafegavam na BR-10. Patrulheiros da Polícia Rodoviária Federal prenderam 9 pessoas.
Avenida Agamenon Magalhães, uma das principais do Recife, foi fechada por assaltantes (Foto: Ezequiel Vannoni/Agencia JCM/Fotoarena)
No Centro do Recife, um boato de arrastão fez parte do comércio fechar as portas. No bairro da Encruzilhada, Zona Norte da cidade, houve um arrastão. Um grupo formado por cerca de 30 pessoas passou em direção ao Arruda, pela Avenida Beberibe. A agência dos Correios que fica no bairro fechou e clientes ficaram revoltados.
A Prefeitura e a Câmara de Toritama, no Agreste do estado, foram depredadas e tiveram mobiliário queimado. Adolescentes suspeitos de participar dos atos de vandalismo foram apreendidos e levados à Delegacia de Santa Cruz do Capibaribe, na mesma região.
Lojas de Abreu e Lima foram saqueadas durante a paralisação da PM (Foto: Veetmano/ Estadão Conteúdo)
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