22/04/2014

DATAFOLHA PRÓ-CAMPOS ANIMA CAMPANHA DO PSB



A última pesquisa do Instituto Datafolha, publicada nesta segunda-feira (21), turbinou os ânimos da campanha presidencial do PSB; de acordo com o estudo, quando o eleitor leva em conta apenas os candidatos que “conhece bem”, Campos aparece com 28% das intenções de voto, estando tecnicamente empatado com a presidente Dilma Rousseff (PT); o índice é a coroação da estratégia delineada pelo socialista, de que primeiro é necessário tornar-se conhecido pelo eleitorado e, de forma paralela, trabalhar para transferir parte dos 20 milhões de votos, que a sua vice, a ex-senadora Marina Silva, obteve nas últimas eleições presidenciais

Paulo Emílio, Pernambuco 247 - A última pesquisa do Instituto Datafolha, publicada nesta segunda-feira (21), animou não apenas o presidenciável Eduardo Campos, mas também os demais integrantes do PSB. De acordo com o estudo, quando o eleitor leva em conta apenas os candidatos que “conhece bem”, Campos aparece com 28% das intenções devo vtoo, seguido da presidente Dilma Rousseff, com 26%, e de Aécio Neves, com 24%. Em função da margem de erro, Campos e Dilma estão empatados tecnicamente. O índice é a coroação da estratégia cuidadosamente delineada pelo socialista, de que primeiro é necessário tornar-se conhecido pelo eleitorado e, de forma paralela, trabalhar para transferir parte dos 20 milhões de votos, que a sua vice, a ex-senadora Marina Silva, obteve nas últimas eleições presidenciais.

A animação veio via Twitter. "Quando a pesquisa analisa o universo dos que conhecem todos os candidatos, o resultado é bem diferente", comemorou Campos em sua conta pessoal no microblog. A confiança do socialista tem sua razão de ser e segue a base de um roteiro que o socialista testou anos atrás, quando Campos disputou o seu primeiro mandato para o Governo de Pernambuco. Na ocasião, em 2006, Campos começou a corrida estadual com 6% das intenções de voto e acabou sendo eleito com 65% dos votos válidos. A estratégia atual segue mais ou menos a mesma linha que é de tornar não apenas o candidato mais conhecido pelo eleitor, mas também as suas ideias, de maneira a mostrar que é possível construir uma alternativa à polarização entre o PT da presidente Dilma e ao PSDB do senador Aécio Neves.

Com a sua saída do Governo de Pernambuco, Campos tem dado cargo na costura das alianças regionais para fortalecer o seu palanque, bem como em conquistar o apoio dos setores industrial e do agronegócio, além de possíveis financiadores de campanha Neste último ponto, Marina tem desempenhado um papel importante ao colocar o socialista em contato com gigantes empresariais como a Natura e banco Itaú, entre outros.

Após anunciar oficialmente a sua pré-candidatura durante um evento em Brasília, no mês passado, Campos mudou-se, juntamente com a família, para São Paulo. Ali, além de estar praticamente centrado no miolo político e econômico do país, Campos poderá tratar de forma mais imediata de alianças que necessitam de atenção redobrada, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, por exemplo, e trabalhar para se tornar mais conhecido junto aos principais colégios eleitorais do país.

Seguindo a estratégia definida, até junho – quando acontece a Copa do Mundo no Brasil – Campo e Marina deverão percorrer cerca de 150 municípios polo de todas as regiões do país. Por esta ótica, as relações com a Imprensa também estão sendo invertidas. Mais do que atender aos grandes veículos de comunicação, a estratégia imposta prevê uma atenção especial aos veículos menores mas com grande alcance regional e com um público elevado, como o rádio, por exemplo.

Até o momento, esta estratégia parece estar dando certo, como demonstra a última pesquisa do Datafolha, desde que levando-se em consideração o recorte feito pelo estudo. E é justamente este recorte que tem dado gás a Campos e ao PSB na corrida rumo ao Planalto. O desafio agora, é fazer com que campos se torne mais conhecido por parte do eleitor e que este recorte seja capaz de levá-lo ao segundo turno.

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