O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco, Carlos Veras, impôs uma série de condições para poder apoiar a candidatura do senador Armando Monteiro Neto (PTB), como pretendido pelo aliado histórico, o PT; Veras quer uma maior participação da CUT nos debates em torno dos rumos que a legenda tomará nas próximas eleições para o Governo do Estado; “A Central defende os interesses dos trabalhadores, nada contra o senador, mas avaliamos que Armando Monteiro tem uma trajetória ligada aos empresários e grandes usineiros. Nossa perspectiva é de que seja construída uma candidatura voltada também para as reivindicações dos trabalhadores", disse
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco, Carlos Veras, impôs uma série de condições para que a entidade sindical apoie a candidatura do senador Armando Monteiro Neto (PTB), como pretendido pelo aliado histórico, o PT. Veras quer uma maior participação da CUT nos debates em torno dos rumos que a legenda tomará nas próximas eleições para o Governo do Estado. “A Central defende os interesses dos trabalhadores, nada contra o senador, mas avaliamos que Armando Monteiro tem uma trajetória ligada aos empresários e grandes usineiros. Nossa perspectiva é de que seja construída uma candidatura voltada também para as reivindicações dos trabalhadores ”, disse o sindicalista através de nota.
Em entrevista ao Jornal do Commercio, Veras disse que o apoio a Armando Monteiro só será viabilizado mediante o comprometimento do senador para com as causas dos trabalhadores. Veras cita como exemplo do não comprometimento do petebista com os interesses dos trabalhadores, a defesa feita por Armando do projeto de lei 4330/2004, que para o sindicalista prevê a terceirização desenfreada no momento da contratação.
Carlos Veras disse, ainda segundo o Jornal do Commercio, que o PT possui quadros aptos o suficiente para disputar com candidatura própria as eleições rumo ao Palácio do Campo das Princesas. Segundo ele, a direção do partido não tem conversado sobre a sucessão estadual junto aos mais de 200 sindicatos filiados a CUT no Estado. Armando Monteiro não comentou as declarações do dirigente sindical alegando que esta era uma questão interna do PT.
A presidente estadual do PT, deputada Teresa Leitão, disse estranhar as declarações de Carlos Veras. “A CUT, como instituição, pode se pronunciar livremente. Mas eu estranho esta cobrança porque está no nosso roteiro (referindo-se aos diálogos previstos pelo PT junto à sua base)”, observou. A petista disse que o partido vem tentando buscar a união interna e estabelecer um consenso em torno das próximas eleições. O objetivo é sanar as fissuras existentes na legenda desde as últimas eleições municipais, em 2012. Teresa também recomendou que a CUT participe dos eventos do partido.
247 - PE
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