04/01/2014

TABIRA PAROU PARA DAR O ÚLTIMO ADEUS A ZÉ DE MARIANO, LOURDINHA MADUREIRA, MONICA MADUREIRA E MESSIAS MADUREIRA.

TABIRA PAROU PARA SEPULTAR QUATRO FILHOS DE UMA VEZ.
ZÉ DE MARIANO FOI ETERNIZADO COM O NOME DE ZÉ SERTÃO
 Redação: Vagner Leandro e Dedé Rodrigues.
No dia 03 de janeiro de 2014, (sexta-feira), a população de Tabira foi dar o último adeus ao poeta, pedreiro, eletricista, pai, amigo e militante do PC do B de Tabira, Zé de Mariano, a sua esposa, a Professora Maria de Lourdes, a sua filha que tinha acabado de se formar, Mônica Madureira e ao seu cunhado, "o atleta do Sertão", Messias Madureira.
A nossa humilde matéria fará uma homenagem póstuma ao grande ser humano que foi o poeta tabirense Zé de Mariano, destacando algumas características importantes dele e ao mesmo tempo queremos mostrar também como ele continuará vivo entre nós.
Uma multidão, poucas vezes vista num cortejo em Tabira, estava perfilada nas calçadas das ruas centrais da cidade e acompanhou o cortejo até o Cemitério Parque da Saudade.
Um dos objetivos dessa matéria é destacar a importância e o exemplo de vida do camarada Zé de Mariano. Para nós Zé de Mariano, além de ter sido um profissional competente naquilo que fazia, era um homem honesto, caraterística tão necessária a qualquer cidadão. Além disso, diversos relatos de amigos confirmam que ele era um ser humano muito solidário, principalmente com aqueles que mais precisavam.
Porém, Zé de Mariano também foi um militante político antigo de Tabira das forças democráticas e chegou a fazer parte do comitê do Partido Comunista do Brasil - PC do B - de Tabira. Durante o período que esteve militando conosco sempre defendeu a honestidade e a transparência no trato com o dinheiro público. Ele dizia para nós que foi atraído para o partido pelo exemplo de vida dos seus militantes e pela defesa intransigente que o partido sempre fez da classe trabalhadora.
Como poeta Zé de Mariano foi um dos fundadores da APPTA – Associação dos Poetas e Prosadores de Tabira, cuja entidade, nós também fizemos parte dela. Lá ele também deixou a sua marca, como ser humano honesto e democrático, mas também como grande poeta que decantou o sertão. Alguns diziam assim: “que era João Paraibano na viola e Zé de Mariano na caneta”.
Nesse sentido, destacamos a homenagem que o poeta Chico D’Assis fez ao amigo Zé de Mariano quando diz:
 Debatemos outro dia
Que o Sertão só presta assim,
Porém agora eu queria
Dizer que ficou ruim.
Ficou sem sua pessoa
Que nesse momento voa
Pras mansões celestiais,
Aí o sertão piora
E eu posso dizer agora
Que o sertão não presta mais.
Mesmo que na poesia "tudo seja permitido", mas por mais que seja ruim a despedida de Zé de Mariano, o nosso contraponto poético também é para dizer agora “que o sertão continua prestando", Pois o Sertão é Zé de Mariano e Zé de Mariano é o Sertão. E quem melhor expressa isto é o nosso grande poeta Dedé Monteiro.
ESTE É O NOSSO ZÉ.
 Zé Sertão, Zé Angico, Zé Jurema,
Zé Barreiro, Zé Cuia, Zé Galão,
Zé Enxada, Zé Foice, Zé Machado,
Zé Cancela, Zé Cerca, Zé Mourão,
Zé Canzil, Zé Chibata, Zé Carreiro,
Zé coroa de frade, Zé Vaqueiro,
Zé Cavalo, Zé Sela, Zé Gibão,
Zé Engenho, Zé Mel, Zé Borboleta,
Zé que tira milagres da caneta
Pra mostrar quanto vale um Zé Sertão!
 (Dedé Monteiro)
 Como percebemos no verso de Dedé Monteiro, Zé de Mariano está mais vivo do que nunca entre nós, pois Zé foi eternizado no próprio nome, Zé Sertão, com tudo aquilo que faz parte dele e da própria região. Eu só acrescentaria aos versos do Poeta Dedé Monteiro o nosso “Zé militante político das causas sociais”.
 VIVA ZÉ DE MARIANO!
VIVA ZÉ SERTÃO!
VIVA ZÉ SOCIALISTA!

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