06/04/2013

Falha em estoque causa falta de remédio contra Aids em Pernambuco

Os pacientes de Aids que recebem medicamentos no Hospital Correia Picanço, no Recife, estão enfrentando problemas para ter acesso a alguns dos antirretrovirais distribuídos pela unidade de saúde. Esse tipo de medicamento é de uso contínuo e impede o surgimento das doenças chamadas de oportunistas, como a tuberculose.

A Secretaria Estadual de Saúde confirmou a falta dos seguintes antirretrovirais: efavirenz, tenofovir, lopinavir de 200mg com ritonavir de 50mg, raltegravir e darunavir. De acordo com o Programa Estadual DST-Aids, esses remédios são repassados pelo Ministério da Saúde e não houve problema nem atraso na licitação: o motivo da falta dos remédios foi uma falha no controle do estoque em Pernambuco.

"Vários medicamentos já chegaram, inclusive hoje [sexta, 05] já chegou medicamento. A gente espera que cheguem outros itens, e o Ministério está vendo a questão da transferência aérea para chegar ao almoxarifado talvez até no sábado [6] e alguns chegarão na segunda-feira [8]", disse Figueroa, que afirmou também que as pessoas portadoras de HIV poderão receber os medicamentos na unidade de saúde a partir da próxima terça (9) ou quarta-feira (10).

Roberto Brito tem o vírus HIV e é representante da ONG Vivendo, que é a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV-Aids. Ele é um dos que depende dos remédios dados no Correia Picanço. Segundo Brito, pacientes que ainda têm algum medicamento estão dividindo com os amigos, até que o fornecimento seja normalizado.

"Alguns estão sendo solidários com outros e estão dividindo medicação e não é [para fazer isso], porque vem a quantia certa para 30 dias. E, se você divide, vai faltar para você", explicou Brito.

O Hospital Correia Picanço faz parte do Serviço de Atendimento Especializado, voltado para portadores de HIV-Aids, que é formado por 22 unidades.

Do G1 PE

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