09/11/2016

Como o mundo está enxergando a vitória de Trump


© image/jpeg Donald Trump

Após meses de uma corrida eleitoral escandalosa e uma apuração acirrada, o empresário Donald Trump se consolidou como o 45° presidente dos Estados Unidos. O sucessor de Barack Obama conseguiu assegurar os 270 delegados necessários no Colégio Eleitoral e assume o cargo em 20 de janeiro de 2017.


O mundo reagiu com choque com a notícia da vitória do republicano contra a democrata Hillary Clinton. Na manhã desta quarta-feira, as bolsas asiáticas despencaram momentos antes do resultado. Japão e a Coreia do Sul convocaram uma reunião de emergência, enquanto o peso mexicano sofreu queda recorde ante o dólar.
Jornais

Com pesquisas de opinião apontando uma vitória apertada de Hillary durante a maior parte da corrida eleitoral, a vitória de Trump foi recebida com surpresa por especialistas, críticos e até apoiadores da sua candidatura.

No Reino Unido, o jornal The Guardian afirma que o resultado revela o sentimento anti-establishment, a raiva dos americanos e deixa o mundo à beira do desconhecido. “O republicano conquistou uma das vitórias mais improváveis na história moderna”, considerou a publicação. Já o Financial Times comentou a crise da democracia ocidental.

Na Alemanha, o jornal Der Spiegel repercutiu a derrota de Hillary afirmando que os eleitores a enxergam como a encarnação da velha política de Washington, mas lembra que a vitória de Trump acentua a polarização no país. “Finalmente chegamos na era do populismo”, comentou um de seus editores.

Para o sul-coreano Korea Herald, Trump se “capitalizou a partir da ansiedade econômica dos eleitores, se aproveitou das tensões raciais e superou uma série de acusações de assédio sexual” e chamou a vitória de “chocante”.
Redes Sociais

No Twitter, o embaixador francês nos Estados Unidos, Gérard Araud, disse que “depois do Brexit e essa eleição, tudo é possível” e que “o mundo está entrando em colapso”. O clima de tensão foi seguido pelo ex-primeiro ministro da Suécia, Carl Bildt. “Acho que esse será o ano de desastres duplos no ocidente”, também fazendo referência à saída do Reino Unido da União Européia.

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