13/09/2016

Padres repudiam aumento dos vereadores e iniciam movimento de orientação ao eleitor

A Igreja Católica reagiu com veemência ao reajuste salarial dos vereadores de Serra Talhada e alguns padres iniciaram um movimento de orientação aos paroquianos. Há cerca de duas semanas, foi aprovado, por unanimidade, o Projeto de Lei Complementar 33/2016 que autoriza um reajuste de 24, 96% aos parlamentares que irão assumir em janeiro de 2017. O primeiro a se ‘rebelar’ contra o projeto foi o padre Otaviano Bezerra.
“Estou tentando mostrar às pessoas a real necessidade de se mobilizar contra isso, porque acho que os vereadores deveriam repensar este projeto. Estamos vivendo um momento de crise, difícil, os trabalhadores com baixos salários e os vereadores estão indo na contramão. Acho que este aumento foi um tapa na cara do trabalhador”, disse o padre Otaviano, acrescentando: “Os eleitores não deveriam votar nos vereadores que aprovaram este reajuste. Não tem cabimento. Defendo um voto de protesto contra estes vereadores”.
Já o padre Custódio Sá, diz que o reajuste é legal do ponto de vista de legislação, e até pondera afirmando que em quatro anos os vereadores tiveram um reajuste menor que a inflação do período. Porém, tem outra receita quanto a remuneração dos parlamentares.
“Acho que o vereador não deveria ter salário, mas ser um trabalho voluntário em favor do município e da sociedade. Já foi assim no passado. O momento é de dificuldades pra todos. É difícil acompanhar tudo isso da forma como se encontra. Penso que o vereador está para servir e não o contrário”, reforçou.

(Cauê Rodrigues)

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