Terroristas em ordem da esquerda para a direita, Omar Ismael Mostefai, Brahim Abdeslam, Bilal Hadfi e Samy Amimour que serviram como homens-bombas nos atentados de Paris
Paris, França - Dos sete terroristas que se explodiram na sexta-feira (13/11) à noite nas ruas de Paris e nos arredores do Stade de France, cinco foram identificados. Deles, quatro são franceses, enquanto ao menos três passaram pela Síria.
Ataque ao Bataclan
Pelo menos 89 pessoas foram mortas a tiros por três homens que portavam armas pesadas, e que invadiram a casa de espetáculos onde ocorria um show da banda americana Eagles of Death Metal. Os assassinos acionaram seus cintos de explosivos quando a polícia entrou no recinto.
- Mostefai: identificado graças a impressão digital de um dedo amputado pela explosão, Omar Ismail Mostefai, de 29 anos, é um deles: um delinquente francês, nascido em 21 de novembro de 1985 em Courcouronnes, perto de Paris, em uma família de seis filhos, o jihadista, pai de uma menina, não mantinha qualquer relação com a família. Foi condenado oito vezes entre 2004 e 2010, mas nunca encarcerado.
Fichado por radicalização em 2010, nunca esteve envolvido em um caso de terrorismo. Mas, de acordo com autoridades turcas, a polícia turca "informou a polícia francesa duas vezes, em dezembro de 2014 e junho 2015, sobre este homem, sem nunca ter tido um retorno da França sobre esta questão".
Os investigadores tentam confirmar se ele viajou à Síria em 2014, de acordo com fontes policiais.
- Amimour: outro suicida morto no Bataclan é Samy Amimour, de 28 anos, nascido em Paris e originário de Drancy, região parisiente. Sob vigilância dos serviços franceses, foi indiciado em outubro de 2012 por associação criminosa terrorista "depois de planejar uma viagem ao Iêmen, que foi frustada".
Depois de ter violado seu controle judicial no outono de 2013, uma ordem internacional de prisão foi emitida contra ele. Foi nesta época que Samy Amimour, descrito por sua família como um jovem gentil e tímido quando criança, foi para a Síria, onde ainda se encontrava em 2014. Sua família explicou à AFP que a esperança de revê-lo havia diminuído, uma vez que Samy se casou na Síria.
O terceiro terrorista que agiu no Bataclan ainda não foi identificado.
Ataques nas ruas de Paris
Pelo menos 39 pessoas foram mortas em três tiroteios contra bares e um restaurante num bairro animado do leste de Paris, próximo ao prédio do Charlie Hedbô que sofre atentado no começo do ano.
- Abdeslam: Brahim Abdeslam, de 31 anos, um francês residente na Bélgica, provavelmente fazia parte da equipe que atacou as pessoas nos bares. Ele se explodiu sozinho na frente de um bar no Boulevard Voltaire, centro-leste de Paris, ferindo gravemente uma pessoa.
Ele havia alugado um carro Seat preto, registado na Bélgica, encontrado em Montreuil, perto de Paris, no dia seguinte aos ataques. A bordo, três fuzis AK47, onze carregadores vazios e cinco completos.
Brahim Abdeslam é um dos três irmãos visados pelos investigadores. Um outro irmão, Mohamed Abdeslam, detido em um primeiro momento na Bélgica, foi libertado nesta segunda-feira (16/11), sem qualquer acusação. Um terceiro irmão, Salah Abdeslam, para quem a polícia emitiu um mandato de prisão internacional, ainda não foi encontrado.
Salah Abdeslam havia alugado um Polo preto registado na Bélgica, e encontrado estacionado em frente ao Bataclan, onde ocorreu o pior massacre.
Ataques perto do Stade de France
Três homens se explodiram no espaço de meia hora na sexta-feira perto do Stade de France, nos subúrbios de Paris. Um transeunte foi morto em uma dessas explosões.
- Hadfi: Entre os homens-bomba, está Bilal Hadfi, um francês de 20 anos que residia na Bélgica. Ele teria passado pela Síria, de acordo com os investigadores.
- Mohammad: Um passaporte sírio foi encontrado perto do corpo de outro homem-bomba, em nome de Mohammad al Ahmad, de 25 anos, nascido em Idlib, na Síria. Mohammad al Ahmad, cuja autenticidade do passaporte ainda não foi provada, de acordo com a polícia, é desconhecido dos serviços anti-terroristas franceses.
O terceiro terrorista que agiu nas proximidasdes do estádio ainda não foi identificado.
Segundo Thierry Braillard, secretário de Estado de Esportes, os suicidas que se detonaram perto do Stade de France, periferia de Paris, durante a partida amistosa entre França e Alemanha queriam entrar no estádio.
Dois deles ativaram seus explosivos na esplanada que cerca o estádio. Na primeira explosão, morreu uma pessoa que passava perto. A terceira explosão aconteceu em uma rua próxima e só morreu o suicida. A explosão ocorreu na entrada de um beco, como se o suicida tivesse se isolado voluntariamente antes de se fazer explodir.
(*) Fonte: Correio Braziliense
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