09/02/2015

Governador de PE acompanha velório de vítimas da chacina em Poção

Câmara disse que, no momento, há três equipes no caso; delegado explica.
Prefeito decretou luto de sete dias e ministra da SDH lamenta as mortes.

Na imagem, Câmara está ao lado do padre e do secretário Isaltino (Foto: Amanda Dantas/ TV Asa Branca)

Governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) acompanhou o velório das quatro vítimas dachacina em Poção, Agreste, neste domingo (8). Com o secretário Alessandro Carvalho, da pasta de Defesa Social, o gestor cumprimentou as famílias. Uma multidão acompanhou o momento, desde o Centro Catequético até o sepultamento, no cemitério local. Também estiveram na cidade o secretário Isaltino Nascimento, de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, e conselheiros tutelares do estado e da Paraíba.

À ocasião, Câmara falou que três equipes de polícia estão à frente das investigações, em vez de quatro, como dito anteriormente. O delegado Darley Timóteo informou ao G1 que houve uma adequação à nova realidade. "A gente está é agregando outras pessoas, outros policiais. Na verdade, no primeiro dia, primeiro momento, os profissionais da região foram para lá. O governador falou em três equipes porque houve um redimensionamento de forças, porque a gente está aprimorando. Não adianta ter cinco ou seis equipes, mas sem estar se movimentando", declarou.

Timóteo informou ainda que ele e o delegado regional Eronildo Rodolfo de Farias, de Belo Jardim, estão coordenando o caso, enquanto o chefe de polícia Erik Lessa continua à frente dos procedimentos. A Polícia Civil informou que o inquérito está sob sigilo para não comprometer as investigações e que não divulgará informações sobre o caso

O prefeito do município decretou luto oficial de sete dias. A ministra Ideli Salvatti divulgou nota de pesar na página da Secretaria de Direitos Humanos lamentando as mortes.

Entenda o caso
Três conselheiros tutelares e uma mulher de 62 anos foram mortos em uma chacina na noite desta sexta-feira (6) em Poção, a 240 km de Recife. As vítimas estavam em um carro do Conselho Tutelar do município junto a uma menina de 3 anos, única sobrevivente do crime. Eles vinham da casa da avó paterna da criança, situada em Arcoverde, no Sertão, a cerca de 70 km de Poção.



Segundo o avô materno, João Batista, as famílias dividiam a guarda da criança. O pai e a avó paterna cuidavam dela durante a semana e, nos fins de semana, a menina ficava com os avós maternos.

A senhora que morreu na chacina era Ana Rita Venâncio, esposa de João Batista e avó da criança.

As primeiras informações obtidas pela Polícia Militar apontam para uma emboscada contra as vítimas, na estrada do Sítio Cafundó, por ondeos cinco passavam de carro. "Primeiro, atiraram no motorista, depois nas mulheres que estavam no banco de trás e à queima roupa em um deles [conselheiro] que tentou escapar", informou a PM ao G1.

Os conselheiros eram Carmem Lúcia da Silva, de 38 anos, José Daniel Farias Monteiro, de 31, e Lindenberg Nóbrega de Vasconcelos, de 54. Uma equipe do Instituto Médico Legal (IML) de Caruaru esteve no local e recolheu os corpos.

Inicialmente, havia a informação de que a criança teria sido ferida à bala na confusão, mas, no hospital, informaram que o sangue que a sujava não era dela. A menina está sob a guarda de policiais em um local não divulgado, por questão de segurança.
Local onde ocorreu a chacina, na estrada do Sítio Cafundó, em Poção (Foto: Reprodução/ TV Asa Branca)

O avô materno disse que, na sexta-feira, a avó e o pai mudaram repentinamente o horário que eles costumavam pegar a menina para passar o fim de semana. "A gente era para pegar a criança às 11h30 no colégio e entregar na segunda, de 7h30. Só que, essa semana, eles mesmo mudaram. (...) Mudou para gente ir pegar de 17h", relata João Batista. Segundo ele, há mais de dois anos as famílias compartilham a guarda da criança.

A PM comunicou, no sábado, que nem o pai nem a avó paterna foram localizados. A mãe da criança já é falecida, segundo a corporação.

Várias equipes à disposição
O governo do estado designou várias equipes da Polícia Civil especializada em homicídios, cada uma com um delegado, para apurar o caso. "Todo o efetivo da Polícia Militar da região se encontra à disposição da Polícia Civil para eventuais diligências que contribuam para o esclarecimento do caso. A determinação expressa do governador Paulo Câmara é que o crime seja rapidamente elucidado e para isso recomendou todos os esforços do estado", ressaltou a assessoria de imprensa do governo de Pernambuco.

Do G1 Caruaru

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