12/07/2014

CAMPOS: 'A COPA PASSOU. É HORA DE DISCUTIR O BRASIL'


Presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos aproveita o fim da Copa do Mundo para cobrar novamente o governo federal: "Espero que as obras sejam concluídas e as falhas encontradas solucionadas", disse, em entrevista coletiva em Natal, no Rio Grande do Norte, onde cumpriu agenda nesta sexta-feira 11; segundo ele, "a Copa do Mundo passou" e "agora é hora de discutir o Brasil de verdade"

Pernambuco 247 – O candidato pelo PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, cobrou o governo federal pela conclusão das obras iniciadas para a Copa do Mundo. "A Copa do Mundo passou. Agora é hora de discutir o Brasil de verdade. O tempo da Copa vai ser avaliado, tem muita coisa para ser renovada e ficaram vários ensinamentos. Espero que as obras sejam concluídas e as falhas encontradas solucionadas", disse.

A declaração foi feita durante entrevista coletiva em Natal, no Rio Grande do Norte, onde o ex-governador de Pernambuco cumpriu agenda de campanha nesta sexta-feira 11. Ainda na entrevista, o presidenciável justificou, novamente, o motivo do seu rompimento com o PT, que ocorreu em setembro do ano passado.

"Ou ficávamos submissos aos erros ou saíamos pela porta da frente. Seguimos o caminho da decência. O governo de Dilma não é o que a sociedade brasileira quer. É o primeiro governo que entrega o país pior do que recebeu", afirmou Campos, citando as transições entre os governos dos ex-presidentes Itamar Franco (PRN, na época - 1992/94), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Diante dos boatos que surgiram no ano passado sobre o fim do programa Bolsa Família, o presidenciável acusou a presidente Dilma Rousseff (PT) de fazer campanha terrorista para ganhar votos e se reeleger. "É uma estratégia terrorista dizer que se não ganhar a eleição o Bolsa Família vai acabar. Isso é conversa fiada. Queremos não só manter o benefício, como ampliá-lo", afirmou o ex-governador.

O pessebista afirmou que respeita a decisão do seu partido de se aliar ao PMDB no Rio Grande do Norte, onde o PSB lançou a ex-governadora Vilma de Faria ao Senado, numa chapa com o peemedebista e presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Eduardo Alves.

"Inicialmente, o nosso partido queria uma candidatura própria aqui no Rio Grande do Norte. Não encontramos aliança proporcional. Decidimos buscar uma parceria que fosse melhor para o estado e fechamos uma composição com Vilma candidata ao Senado Federal. Respeito a decisão local e isso foi debatido internamente. Os compromissos do meu governo com o Rio Grande do Norte serão encaminhados normalmente", disse Campos.

Além do Rio Grande do Norte, o PSB formou coligação com o PMDB em outros sete estados: Pernambuco, Sergipe, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima, Rondônia e Mato Grosso do Sul. Em nível nacional, os peemedebistas apoiam a reeleição da presidente Dilma.

A posição de Campos vem um dia após o candidato reforçar, no Maranhão, que os peemedebistas não farão parte do seu governo, caso ele seja eleito. "Todo mundo sabe que o PMDB está com o pé em duas canoas. A única canoa em que ele não coloca o pé é na nossa, porque a nossa canoa é a de renovação política", disse o presidenciável. (leia mais aqui).

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