06/02/2014

GREVE NA EDUCAÇÃO DE TABIRA: GOVERNO FALA EM NEGOCIAÇÃO, MAS DECIDE INICIAR O ANO LETIVO “BATENDO DE FRENTE” COM A CATEGORIA DE PROFESSORES.


Por Dedé Rodrigues*

O Governo do Município de Tabira publicou em carro de som nos dias 05,06 e 07 que está aberto a negociação com a categoria de professores em greve, mas ao mesmo tempo, comunicou também o início das aulas neste período e, ainda anunciou que está contratando temporários para dar aulas no lugar dos grevistas. Que lições devemos tirar desta postura autoritária do Governo Sebastião Dias? Como devia agir um prefeito que de fato que “governasse com o povo” de Tabira numa situação de greve como esta? O que a categoria quer com esta greve?

As lições que devemos tirar deste episódio é que temos um governo que está agindo de forma autoritária na sua relação com a categoria de educadores em greve no município. Como aceitar de forma passiva que vai haver “negociações justas” diante de uma pressão como esta? Como estabelecer o diálogo, o respeito, a boa vontade, diante de imposições? Não cabe a mim dizer o que a categoria de colegas professores devem fazer. Evidentemente a arte da política é o diálogo, mas o conflito criado pela atitude equivocada do prefeito nesta situação ficará na memória de todos os educadores e tabirenses que amam seus mestres e a educação.

Um prefeito que “governasse de fato como o povo” chamaria a categoria para negociar, abriria o cofre da prefeitura diante de todos e diria o que poderia fazer e o que não poderia fazer, antes de convocar os pais para levarem seus filhos à escola e, jamais numa situação de paralisação por apenas três dias, convocaria substitutos com o intuito de derrotar o movimento por antecipação.

O que os professores de Tabira estão querendo é “FAZER COM QUE O GOVERNO MUNICIPAL CUMPRA O QUE DETERMINA A LEI FEDERAL 11.738/08, NO SEU ARTIGO 2º, QUE TRATA DO CUMPRIMENTO DE 1/3 DE HORAS AULAS ATIVIDADES, AUMENTANDO A CARGA HORÁRIA MENSAL DO PROFESSOR, DE 150 PARA 180 HORAS AULAS, ALÉM DO REAJUSTE DO PISO SALARIAL A PARTIR DO MÊS DE FEVEREIRO, RETROATIVO A PRIMEIRO DE JANEIRO DE 2014. SINDICATO DOS PROFESSORES (SINDUPROM/PE). Há alguma ilegalidade nisto? Por acaso os professores de Tabira anunciaram que não irão cumprir com os 200 dias letivos que tem o ano? Claro que não.

Ainda que o governo provasse para todos, mediante a abertura do cofre da prefeitura, que não haveria nenhuma possibilidade de atender as reivindicações dos professores, jamais um governo “democrático e popular” leia-se “governando com o povo”, agiria com este comportamento do governo de Tabira nesta greve.

Tabira em Debate 

0 comentários: