22/02/2014

AO LADO DO PAPA, DILMA PEDE COPA DE PAZ E SEM RACISMO


“Vim aqui porque a Copa do Mundo vai ocorrer no Brasil em julho. E eu vim dizer para o Santo Padre que nós vamos fazer uma Copa com um tema muito importante. O tema é uma Copa pela paz e uma Copa contra o racismo”, disse a presidente Dilma Rousseff, no Vaticano, onde entregou ao papa Francisco a bola oficial da Copa e uma camisa da seleção brasileira; no sábado, ela participará da ordenação do arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, como cardeal

 A presidente Dilma Rousseff se encontrou, agora à tarde, com o papa Francisco, a quem enfatizou o desejo de que o Brasil realize uma Copa do Mundo segura e marcada pela paz. “Vim aqui porque a Copa do Mundo vai ocorrer no Brasil em julho. E eu vim dizer para o Santo Padre que nós vamos fazer uma Copa com um tema muito importante. O tema é uma Copa pela paz e uma Copa contra o racismo”, disse ela. Leia, abaixo, reportagem do Blog do Planalto:

A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (21) durante entrevista coletiva após encontro com o Papa Francisco, que pediu ao Santo Padre uma mensagem pela paz e contra o preconceito, que serão os temas da Copa do Mundo de 2014. Para Dilma, a presença do Papa no Brasil na Jornada Mundial da Juventude foi um momento de grande interlocução de espíritos em que o povo brasileiro mostrou sua generosidade e “abraçou” Francisco.

“Vim aqui porque a Copa do Mundo vai ocorrer no Brasil em julho. E eu vim dizer para o Santo Padre que nós vamos fazer uma Copa com um tema muito importante. O tema é uma Copa pela paz e uma Copa contra o racismo”, afirmou.

Dilma presenteou o Papa Francisco com uma bola autografada pelo jogador Ronaldo, uma camisa da seleção brasileira autografada por Pelé e uma coleção de livros sobre a história dos jesuítas no Brasil. Ela também brincou com a rivalidade entre brasileiros e argentinos no futebol.

“Fiquei muito feliz de estar aqui e necessariamente também nós falamos a respeito dessa questão que, sempre que brasileiros e argentinos se encontram e falam sobre a Copa é tocada: a questão de quem ganha a Copa do Mundo. A única coisa que eu pedi era que a neutralidade fosse mantida por parte do Santo Padre e assim a ‘Mão de Deus’ não empurrasse a bola de ninguém”.

A presidenta disse que a ida do Papa ao Rio de Janeiro na Jornada Mundial da Juventude foi um momento muito importante para o Brasil.

“Acho que o Brasil mostrou ao Papa aquilo que ele tem de melhor, que é essa imensa generosidade do povo brasileiro, aquela capacidade de acolhimento. Acho que o Brasil abraçou o Papa e mostrou também, eu acho que a contribuição do Papa é em termos dos valores que ele transmitiu naquele momento. Nós somos um Estado absolutamente laico. O Papa, como um chefe de Estado, foi recebido. Mas ele também teve esse papel inequívoco, que foi expressar valores, que são os valores da fraternidade, da solidariedade, da relação um com o outro de forma respeitosa. E mostrou a possibilidade de um grande congraçamento de pessoas com um grau de pacifismo imenso. Então foi um momento especial para o Brasil”.

Sobre a nomeação do arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, como cardeal, a presidenta disse estar muito feliz com a indicação feita pelo Papa. Neste sábado (22), Dilma estará presente no consistório, cerimônia na qual o Santo Padre ordenará os novos cardeais.

“Eu fiquei muito feliz com a indicação de Dom Orani. Eu acredito que foi mais uma manifestação muito boa que o Papa teve em relação ao Brasil. Acho que a escolha do Dom Orani é uma escolha merecida. Dom Orani, além de ser um homem de fé, é uma pessoa com grande capacidade de solidariedade, que se interessa pelos movimentos sociais, pelos pobres. Então eu estou aqui inclusive para prestigiar a nomeação do Dom Orani como cardeal”.

247 -PE

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