“O jogo ainda não começou”. Foi com essa declaração que o governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, justificou a queda de 15% para 11% nas intenções de voto na última pesquisa divulgada neste final de semana pelo Instituto Datafolha. Para Campos, “90% das pessoas estão ligadas em outros assuntos diferentes de política e sucessão”. “É muito natural que pesquisas com essa antecedência apresentem muito mais um recall do que um posicionamento político”, avaliou o socialista, ressaltando ainda um dos dados divulgados pelo Datafolha, onde 66% dos entrevistados manifestam desejo por mudança.
“A partir de julho ou agosto de 2014, as pessoas vão se ligar nesse assunto e vão perceber que têm opções, e se posicionar sobre essas opções”, afirmou ao participar do velório do governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), em, Aracaju. De acordo com o gestor, a população ainda precisa conhecer as propostas do PSB, que se apresenta como uma “terceira via” para “enfrentar a polaridade PT-PSDB das últimas eleições”. De acordo com o Datafolha, a presidente Dilma Rousseff (PT) conquistaria a reeleição em 2014 contra qualquer oponente, levando a disputa para o segundo turno apenas em um eventual embate com a ex-ministra Marina Silva (PSB) e o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
Campos disse, ainda, que a ideia de inversão de papéis entre o socialista e Marina - que integrou o PSB após ter o registro de seu partido, o Rede Sustentabilidade, negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) -, detentora de um percentual maior de intenções de voto, não está na pauta de discussões. O pessebista afirmou que o assunto deverá ser tratado apenas em 2014 e argumentou que dá pra mudar “facilmente” o resultado mostrado nos dados. “Não tenho dúvidas acerca dessa mudança de quadros porque as pessoas vão sair de casa em busca de algo diferente. Há mais de um ano, antes das manifestações, as pesquisas já começavam a dizer isso, que a população queria mudanças”, declarou o socialista.
Os dados do Datafolha que apontam para a reeleição da presidente Dilma ainda no primeiro turno também foram desconsiderados pelo governador. “Se todas as últimas três campanhas tiveram dois turnos, é natural que esta seja uma eleição de dois turnos. No primeiro momento, leva vantagem quem tem um pouco mais de tempo na televisão [referindo-se à presidente Dilma], mas em um segundo turno o jogo é igual”, afirmou, ressaltando que o momento é de tranquilidade.
247 -PE
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