A proposta do senador e pré-candidato ao governo estadual, Armando Monteiro (PTB-PE), de construir uma atuação conjunta da sua legenda com o PT na Assembleia Legislativa foi bem recebida por integrantes do Partido dos Trabalhadores; a proposição do parlamentar aponta, ainda mais, para um alinhamento entre as duas legendas, com possibilidade de formação de palanque; o petebista dá mais um passo para pavimentar a sua candidatura ao governo estadual e o apoio do PT, com Lula e Dilma servindo de fortes cabos eleitorais, será fundamental para o congressista concretizar o seu desejo em disputar um pleito estadual
Pernambuco 247 – A proposta do senador e pré-candidato ao governo estadual, Armando Monteiro (PTB-PE), de construir uma atuação conjunta da sua legenda com o PT na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foi bem recebida por integrantes do Partido dos Trabalhadores, como a presidente e o vice-presidente estadual do partido, deputada Teresa Leitão e o advogado Bruno Ribeiro, respectivamente. A proposição do parlamentar aponta, ainda mais, para um alinhamento entre as duas legendas, com possibilidade de formação de palanque. O apoio dos petistas, inclusive com o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff servindo de fortes cabos eleitorais, será fundamental para Armando concretizar o seu desejo em disputar um pleito estadual.
A proposta do senador vem em um momento o ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho (PSB), também cotado para disputar o Palácio do Campo das Princesas, vem recebendo apoio de algumas lideranças, como o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB) - o município é o segundo maior colégio eleitoral do estado.
Embora lideranças petistas em Pernambuco, como o senador Humberto Costa, estejam evitando falar abertamente sobre o rumo que o partido tomará no próximo ano, o estreitamento dos laços entre PT e PTB já como uma maneira de ir, gradualmente, marcando território com vistas para a eleição estadual. Dentro do PT, o nome mais cotado para ser vice do senador Armando Monteiro é o do deputado federal João Paulo (PT), ex-prefeito do Recife.
O alinhamento das duas legendas na Assembleia pode implicar, também, na tentativa de aproximação de petistas e petebistas com outras siglas que poderão apoiar o senador Armando Monteiro, caso a sua candidatura seja pavimentada. Porém, a bancada das duas legendas não somam 10 parlamentares na Casa e apenas quatro dos 49 deputados são da oposição. Além disso, em nível estadual, o PSDB acertou a aliança com o PSB de Campos em 2014.
Mesmo com as adversidades para PT e PTB, vale ressaltar que Armando começou a sua tacada primeiramente percorrendo o Sertão, reduto do ex-ministro FBC, que já foi prefeito de Petrolina, principal economia sertaneja, e participou de importantes inaugurações na região quando era ministro.
No que diz respeito à pré-formação de alianças, o parlamentar foi pelo caminho mais curto, a aproximação com o PT, com dois objetivos: o primeiro é dar musculatura no estado à candidatura da presidente Dilma Rousseff, que tentará a reeleição; o segundo é solidificar o palanque com PT e PTB, a fim de enfrentar o PSB, que terá apoio de legendas de peso, como o PSDB e o PMDB do senador Jarbas Vasconcelos, favorável ao projeto presidencial do governador pernambucano.
Economia de ataques a Campos
Como fez parte do parte do governo Eduardo Campos, Armando não apresenta um discurso tão crítico contra a gestão do socialista. Nesta segunda-feira (23), em entrevista ao Diário de Pernambuco, onde foi recebido pelo presidente e pelo vice-presidente dos Diários Associados no Nordeste, Joezil Barros e Gladstone Vieira Belo, respectivamente, o parlamentar disse não estar disposto a fazer duras críticas ao governo estadual.
No entanto, chamou a atenção os comentários do parlamentar sobre o pacto federativo, cuja necessidade de reforma foi é uma das principais bandeiras levantada por Campos, pois, de acordo com o gestor, é preciso descentralizar os recursos da União em favor dos estados e municípios.
"Você reforma o pacto por uma iniciativa do Congresso e nenhum partido tomou essa iniciativa de fazer uma proposta substantiva sobre o pacto. Não é justo que alguém, numa reunião de prefeitos, faça um discurso fácil, como se o governo federal fosse responsável por isso", declarou Armando.
Ao mesmo tempo em que Armando não alfineta Campos como alfinetaria uma liderança que sempre foi de oposição ao governador, o parlamentar defende o governo federal, cuja presidente (Dilma) será um forte cabo eleitoral para o congressista em Pernambuco. O petebista afirma que "Dilma vai precisar de uma agenda nova também", mas responsabiliza outras forças políticas. "Eu pergunto que energia os líderes partidários dedicaram à questão da reforma do pacto federativo nos últimos anos? Quais foram?", questionou.
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