Maciel Melo e Petrúcio Amorim, monstros-sagrados do forró e da poesia sertaneja, juntos, mais uma vez. O que os unem agora é o relato mais dramático e comovente sobre a estiagem dos últimos 50 anos no livro Reféns da Seca, o quarto do jornalista e blogueiro Magno Martins, que será lançado no próximo dia 25, na Academia Pernambucana de Letras, às 19 horas.
Autor do prefácio, Maciel Melo vai cantar seus principais sucessos, incluindo Rainha, trilha sonora da novela Flor do Caribe. Petrúcio vai apresentar canções do seu último CD e caprichar em sucessos, como Tareco e Mariola, Meu cenário, Anjo Querubim e Filho do dono. Imperdível!
“Não poderia ficar de fora de um momento tão singular para o Nordeste”, disse Petrúcio. Além de Maciel e Petrúcio, a festa contará com Maria Dapaz, que recentemente fez uma nova incursão bem-sucedida pela Europa.
Ivan Ferraz, que pilota um programa de forró de estupenda audiência na Rádio Universitária, também confirmou sua presença na noite de tributo ao Sertão. Conterrâneo do Pajeú, Daniel Bueno também dará uma canja, enquanto Paulo Matricó declamará poesias ao som do violão clássico de Djalma Marques.
Caravanas e mais caravanas estão sendo confirmadas de todos os recantos de Pernambuco. A jornalista Mihh Valério, de Arcoverde, está trazendo o grupo “Virgulados”, hoje um dos maiores sucessos no Sertão. De Afogados da Ingazeira, o prefeito José Patriota (PSB) mobiliza uma grande caravana, incluindo repentistas.
Daniel Bueno, PauloMatricó, Djalma Marques e Bia Marinho também participam do lançamento do livro de Magno Martins, um tributo ao Sertão.
Bia Marinho, viúva do poeta Zeto, e filha de Lourival Batista, também dará uma canja. É possível que seu filho, o grande poeta e declamador Antônio Marinho, também suba ao palco. Poeta de mão cheia, o prefeito de Tabira, Sebastião Dias, confirmou que fará versos de improviso com a sua viola.
O Nordeste do canto e da poesia, portanto, estará presente com o que há de mais expressivo na arte, para transformar o evento numa maravilhosa e inesquecível cantata. Afinal, o livro de Magno denuncia o abandono, o sofrimento e a resistência de um povo, que por mais que sofra, continua ignorando o apelo de embarcar no último pau-de-arara.
NILL JÚNIOR
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