23/10/2013

Governo do Estado de Pernambuco lança fotobriografia de Antonio Callado na Academia Brasileira de Letras

Livro reúne em 463 páginas imagens da trajetória
profissional e familiar do escritor

O governador Eduardo Campos e o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, participam, amanhã (24), às 17h30, na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, do lançamento do livro “Antônio Callado Fotobiografia”. Publicado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), o livro, concebido e organizado por Ana Arruda, viúva do romancista, teatrólogo e jornalista falecido em 1997, aos 80 anos, retrata em imagens e pequenos textos a vida pessoal e profissional de um dos mais importantes personagens da história cultural, social e política brasileira, o escritor Antonio Callado.

Para o secretário Tadeu Alencar, o Governo do Estado se sente orgulhoso e privilegiado em estar à frente de um projeto desse porte. “À moda de um Sobral Pinto, de um Tristão de Athayde, de um Barbosa Lima Sobrinho, de um Miguel Arraes, a fotobiografia, é ainda uma obrigação”. Segundo ele, o Brasil produziu grandes jornalistas e respeitáveis intelectuais. “Um deles, reservado, tímido até, mas com uma coragem em sua pena e na atitude política que fez vibrar as redações e os leitores dos seus livros: Antônio Callado”.

A fotobiografia conta a trajetória pessoal e profissional do escritor que, como observador, revelou a efervescência política nordestina em grandes reportagens que mostraram para o Brasil a luta das Ligas Camponesas e do seu líder Francisco Julião. Do ponto de vista político e sociológico, no final dos anos de 1950 e início de 1960, escreveu “Os industriais da seca e os galileus de Pernambuco”, posteriormente transformado em livro, além da peça teatral “Forró no Engenho Cananéia”,

Carioca de Niterói, Callado esteve em Pernambuco pouco antes do golpe militar, para conhecer a experiência do primeiro governo de Miguel Arraes. Dessa vez, o material foi publicado no Jornal do Brasil na forma de uma série de reportagens, entre dezembro de 1963 e janeiro de 1964. Depois do golpe, com Arraes preso em Fernando de Noronha, publicou a reportagem no formato de livro sob o título “Tempos de Arraes – a revolução sem violência”.

Quarto ocupante da Cadeira oito da Academia Brasileira de Letras, eleito em 17 de março de 1994, na sucessão de Austregésilo de Athayde, Antonio Callado deixou farta bibliografia, entre Quarup (1967) e Vietnã do Norte (1969).

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