No ano de 2000 comecei a entender as problemáticas sobre a paralisação, em 1998, da construção da Barragem de Ingazeira, no sítio Cachoeirinha, local do barramento das águas do velho Pajeú, rio que me ensinou a nadar ainda criança, moleque “afoito” que fui e confiava nas suas águas bravas e, por vezes, coletava (pra não dizer outra coisa) goiaba, manga, umbu e outras frutas que ladeavam as margens do meu grande “mar”.
Um Juiz da Justiça do Trabalho, à época Presidente do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (hoje Preso na Polícia Federal) e um Senador da República por Brasília (teve seus direitos políticos cassados) uniram-se em conluio para furtar o dinheiro que deveria beneficiar milhares de pessoas e que não lhes pertencia, desviando mais de 160 milhões de reais da construção da sede do TRT-SP. Como já vivíamos de “pires na mão”, para nossa infelicidade (ou felicidade?), a obra foi paralisada. Por quê? A construtora da Barragem de Ingazeira era a IKAL e pertencia ao Senador Luiz Estevão que misturou, juntamente com o Juiz (larápio? – não, não é isso! – é Lalau) desviaram nossos recursos e mais uma vez nossa esperança desceu junto com as águas do meu Rio Pajeú.
Segundo estudos, em um ano de inverno nos patamares entre 650 a 800mm de chuvas, escoa Rio Pajeú abaixo “um bilhão e duzentos milhões de metros cúbicos de água”, enquanto isto, nós, homens fortes (disse Euclides da Cunha) aguardamos ordeiramente para que hoje, 21 de agosto de 2013, presenciássemos a continuidade da construção da Barragem de Ingazeira (ou é Cachoeirinha).
Muitos sertanejos já padeceram e não poderão presenciar o barramento das águas do meu querido Rio Pajeú, mas, nunca desisti da luta, nunca me cansei, nunca me achei fraco ao ponto de não gritar, falar, clamar, pedir, implorar pela continuidade das obras (isso mesmo, a Barragem de Ingazeira é uma obra paralisada), só nunca me humilhei, pois considero que só cabe aos fracos humilharem-se aos pés de alguém, seja quem for.
Um verdadeiro acalento para quem sonha com água e a falta dela desde 21 julho de 1941, quando o então Presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto para desapropriação da área “do lago da Barragem de Ingazeira no Estado de Pernambuco”. Se brotar uma lágrima dos meus olhos quando puderem ver o “lençol” d’água da Barragem de Ingazeira (ou é Cachoeirinha?), com certeza ela na terá gosto amargo, porém, de vitória, de realização. Terá gosto de mel, o mais doce mel das abelhas que transitam as margens do meu amado Rio Pajeú e que, das flores que subsistiram a escassez de chuvas, adoçam com seu néctar o sofrimento de sertanejos que nunca perderam a esperança.
Um verdadeiro acalento para quem sonha com água e a falta dela desde 21 julho de 1941, quando o então Presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto para desapropriação da área “do lago da Barragem de Ingazeira no Estado de Pernambuco”. Se brotar uma lágrima dos meus olhos quando puderem ver o “lençol” d’água da Barragem de Ingazeira (ou é Cachoeirinha?), com certeza ela na terá gosto amargo, porém, de vitória, de realização. Terá gosto de mel, o mais doce mel das abelhas que transitam as margens do meu amado Rio Pajeú e que, das flores que subsistiram a escassez de chuvas, adoçam com seu néctar o sofrimento de sertanejos que nunca perderam a esperança.
Blog:Tonte Tacio Viu Assim
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