Presidente discutiu estratégia com 10 ministros nesta terça; repasses de outros R$ 4 bilhões serão feitos em setembro e novembro. Isso resultaria numa liberação de R$ 6 milhões, em média, por parlamentar. Dilma visa manter vetos em temas espinhosos como a nova distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e o fim da multa adicional de 10 por cento sobre o saldo total do FGTS, paga pelos empregadores ao governo em caso de demissão sem justa causa
Preocupada com a insatisfação dos aliados no Congresso na semana em que os parlamentares voltam ao trabalho, a presidente Dilma Rousseff reuniu ministros de várias áreas do governo nesta terça-feira e pediu agilidade na liberação de R$ 2 bilhões em emendas.
Estavam presentes, ministros do PMDB, PP, PC do B, PSB, além do próprio PT. Anteontem, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) já havia pedido ajuda ao PSD de Gilberto Kassab (SP), este formalmente fora da base, mas com afilhado no Ministério da Micro e Pequena Empresa.
Os congressistas também receberam a promessa de liberação de outros R$ 4 bilhões em setembro. Isso resultaria numa liberação de 6 milhões de reais, em média, por parlamentar. Cada deputado e senador indica emendas até 15 milhões de reais por ano.
A presidente pediu que tanto o empenho --etapa do processo que garante a liberação-- das emendas seja agilizado, quanto sua execução, disse uma das fontes do governo, que pediu para não ter seu nome revelado.
Já está em curso o empenho de uma primeira parcela das emendas parlamentares. A liberação de mais um montante deve ser feito até o final de agosto, e uma terceira parcela viria em novembro.
"É um primeiro passo para melhorar a relação com a base aliada", afirmou o vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR). "Trata-se de um gesto fundamental porque, afinal de contas, as emendas são legítimas e importantes como investimento para os municípios. Mas, de qualquer forma, a presidente terá de ouvir mais a opinião dos parlamentares e debater projetos com mais antecedência."
O empenho desses recursos nesse prazo, porém, tem que superar as barreiras burocráticas dos ministérios. As emendas vinculadas à saúde, por exemplo, costumam demorar até 120 dias para serem empenhadas.
A liberação de emendas parlamentares é um instrumento político usado tradicionalmente pelo governo federal para conter insatisfações de aliados no Congresso ou para garantir a aprovação de um projeto específico que sofra mais resistência na Câmara ou no Senado.
Dilma está preocupada não só em aplacar a enorme insatisfação dos aliados, que se cristalizou alimentada pela sua forte queda de popularidade, mas também quer evitar a derrubada de alguns vetos presidenciais a matérias aprovadas recentemente pelo Congresso.
Dilma vetou e contrariou os parlamentares em temas espinhosos como a nova distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e o fim da multa adicional de 10 por cento sobre o saldo total do FGTS, paga pelos empregadores ao governo em caso de demissão sem justa causa.
Estavam presentes, ministros do PMDB, PP, PC do B, PSB, além do próprio PT. Anteontem, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) já havia pedido ajuda ao PSD de Gilberto Kassab (SP), este formalmente fora da base, mas com afilhado no Ministério da Micro e Pequena Empresa.
Os congressistas também receberam a promessa de liberação de outros R$ 4 bilhões em setembro. Isso resultaria numa liberação de 6 milhões de reais, em média, por parlamentar. Cada deputado e senador indica emendas até 15 milhões de reais por ano.
A presidente pediu que tanto o empenho --etapa do processo que garante a liberação-- das emendas seja agilizado, quanto sua execução, disse uma das fontes do governo, que pediu para não ter seu nome revelado.
Já está em curso o empenho de uma primeira parcela das emendas parlamentares. A liberação de mais um montante deve ser feito até o final de agosto, e uma terceira parcela viria em novembro.
"É um primeiro passo para melhorar a relação com a base aliada", afirmou o vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR). "Trata-se de um gesto fundamental porque, afinal de contas, as emendas são legítimas e importantes como investimento para os municípios. Mas, de qualquer forma, a presidente terá de ouvir mais a opinião dos parlamentares e debater projetos com mais antecedência."
O empenho desses recursos nesse prazo, porém, tem que superar as barreiras burocráticas dos ministérios. As emendas vinculadas à saúde, por exemplo, costumam demorar até 120 dias para serem empenhadas.
A liberação de emendas parlamentares é um instrumento político usado tradicionalmente pelo governo federal para conter insatisfações de aliados no Congresso ou para garantir a aprovação de um projeto específico que sofra mais resistência na Câmara ou no Senado.
Dilma está preocupada não só em aplacar a enorme insatisfação dos aliados, que se cristalizou alimentada pela sua forte queda de popularidade, mas também quer evitar a derrubada de alguns vetos presidenciais a matérias aprovadas recentemente pelo Congresso.
Dilma vetou e contrariou os parlamentares em temas espinhosos como a nova distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e o fim da multa adicional de 10 por cento sobre o saldo total do FGTS, paga pelos empregadores ao governo em caso de demissão sem justa causa.
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