Reunidos em Afogados da Ingazeira durante todo o dia de hoje (03), cerca de 300 bacamarteiros de todo o Estado, incluindo alguns grupos da Paraíba, foram unânimes em cobrar das autoridades mais apoio e menos repressão policial.O Secretário Executivo da Federação Pernambucana de Bacamarteiros, Nélson Daniel, apresentou a legislação que regulamenta a atividade e apresentou a organização em associações como única alternativa. “O decreto federal 3.655/00 tem 270 artigos e coloca nossa atividade sob a alçada de fiscalização do exército e não das polícias,” informou Nélson. Segundo o artigo 27, inciso XV, são atribuições privativas do exército a fiscalização e a regulamentação das atividades de atiradores e armeiro mecânico de armas – o profissional que fabrica e dá manutenção aos bacamartes.
O exército foi representado pelo Tenente Riberto Pereira, comandante da 12ª Delegacia do Serviço Militar, em Serra Talhada, responsável pela Região do Pajéu. “É uma atividade envolta em várias exigências legais. O Exército é incentivador da atividade, da manifestação cultural. Nossa tarefa é apoiar no sentido de que a atividade seja exercida dentro das normas legais,”informou o Tenente Riberto.
Participando de uma associação legalmente constituída e preenchendo os requisitos e a documentação exigida pelo Exército, o bacamarteiro recebe uma carteira que lhe garante o transporte do bacamarte, desde que para fins de apresentação cultural. Anfitrião do evento, o Prefeito de Afogados da Ingazeira foi enfático na exaltação dos bacamarteiros como importante tradição da nossa cultura. “O bacamarte é uma tradição centenária que não podemos deixar morrer. Daremos todo o apoio necessário para que vocês possam se organizar e dar o espetáculo maravilhoso que vocês sabem fazer, com tranquilidade, legalidade e sem ser importunado por ninguém,” declarou José Patriota. Ele colocou-se à disposição dos grupos de bacamarteiros para levar o assunto para a AMUPE e envolver outros Prefeitos nesse processo de organização e legalização da atividade.
POSTADO POR CAUÊ RODRIGUES
0 comentários:
Postar um comentário