01/04/2013

Mesmo com adutora inaugurada por Dilma, 20% de Serra Talhada ainda vive no racionamento

FOTO: AGÊNCIA BRASIL
Embora tenha aliviado a falta de água para moradores de Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, a Adutora do Pajeú, cuja parte da primeira etapa foi inaugurada esta semana pela presidente Dilma Rousseff (PT), não resolveu totalmente os problemas da população. De acordo com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), 20% da cidade ainda vive no racionamento.

De acordo com informações da superintendente da Compesa, Simone Albuquerque, ao Blog do Jamildo (NE10), a questão não é falta de água, mas, sim, problemas na rede distribuidora, que estão sendo resolvidos.

A aposentada Maria da Conceição da Silva Aquino, 53 anos, conta que o fornecimento melhorou - ela chegava a passar oito dias no racionamento -, mas têm dias que fica horas sem receber água, mesmo após o início do funcionamento do adutora, em fevereiro deste ano. "A água que chega também é meio salgada. Não gosto de beber. Uso para tomar banho, lavar roupa e fazer serviço de casa, mas para beber compro água boa".

Outros moradores contaram à reportagem que o sistema de distribuição de água é o mesmo de 30 anos atrás.

A parte da adutora em funcionamento leva água de Floresta até Serra Talhada. O trecho tem uma extensão de 118 quilômetros. Quando estiver concluída, em julho deste ano, segundo previsão do Dnocs, a primeira etapa seguirá até Afogados da Ingazeira somando uma extensão de 197 quilômetros e atingindo cerca de 90 mil famílias em sete municípios. O investimento é de R$ 198 milhões, recurso totalmente destinado pelo governo federal, por meio do PAC2, dos quais R$ 140 milhões foram executados até agora.

Com extensão de 419 quilômetros, a segunda etapa segue de Afogados da Ingazeira até a Taperoá, na Paraíba. A obra total soma R$ 547 milhões e, quando estiver pronta, vai atender a 400 mil famílias, segundo estimativas do Ministério da Integração Nacional.

Por Luiz Carlos Fernandes

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