22/03/2013

Meteorologistas apontam que estiagem deve persistir em PE

Secretário de Recursos Hídricos de Pernambuco, José Almir
Cirilo, e Eduardo Campos (Foto: Renan Holanda / G1)

A população do interior pernambucano deve continuar sofrendo com a falta de chuva nos próximos meses. Esta foi a previsão apresentada nesta quinta-feira (21), por meteorologistas de vários estados do Nordeste, que se reuniram por dois dias no Recife, na sede da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac).

Ao final do encontro, os representantes da reunião foram entregar documento com o prognóstico ao governador Eduardo Campos (PSB), no Centro de Convenções, sede provisória do governo do estado. O governador se mostrou preocupado com o uso racional da água e anunciou que, a partir de sexta-feira (22), terá início uma campanha educacional focada no tema. “Nós sempre vamos ter menos água do que o necessário. O debate que precisamos ter tem de romper com a cultura de enfrentar a seca, precisamos aprender a conviver com a seca”, desabafou. Campos ainda se comprometeu a construir, até o fim de 2014, 60 mil cisternas no semiárido pernambucano, deixando 100% das casas da região abastecidas. O investimento será de R$ 150 milhões.

O presidente da Apac, Marcelo Asfora, afirmou que, pelo menos até junho, a estiagem irá persistir no Agreste e no Sertão. “O período chuvoso no Sertão está se encerrando com a chegada de abril. O momento agora é de trabalhar com ações emergenciais para que a população consiga atravessar esse período de oito meses que vem pela frente”, disse.

Asfora ainda explicou que 2013 marca o segundo ano seguido de seca na região, quando os ciclos de estiagem costumam durar por no máximo três. No Agreste, uma zona considerada de transição, a expectativa é de que a situação só comece a melhorar na segunda metade do período de inverno. Até lá, a previsão segue apontando chuvas abaixo da média.

 (G1 PE)

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