No dia 25 de fevereiro, médicos do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, deram uma difícil notícia para os familiares do sanfoneiro, cantor e compositor José Domingos Moraes, o Dominguinhos: comunicaram que o coma em que ele está há quase três meses é irreversível e ele não deve mais acordar.
Em tratamento contra um câncer de pulmão há sete anos, Dominguinhos foi internado no dia 17 de dezembro com um quadro de pneumonia. No início da internação, sofreu oito paradas cardíacas, chegando a ficar quase cinco minutos com o coração sem bater.
Filho mais velho do primeiro casamento de Dominguinhos, Mauro da Silva Moraes resolveu divulgar o estado de saúde do pai em respeito aos fãs. “Quando meu pai ainda estava internado no Recife, um médico disse que ele não ia mais acordar. Não acreditei, outros médicos disseram que ele poderia sair do coma. Ele abria os olhos e ficava todo mundo esperançoso”, lembra Mauro.
“No mês passado, o médico dele no Sírio-Libanês falou que o coma não tinha mais volta. Eu perguntei se ele ia acordar e ele me disse que não, que o quadro do meu pai estava caminhando para um coma vegetativo”, lamentou o filho. “É triste saber que os admiradores não sabem o verdadeiro estado de saúde dele. As pessoas pensavam que ele estava melhorando. O marcapasso foi retirado, um dos rins está funcionando, mas ele não tem reação alguma. Faz alguns movimentos, como apertar a mão, mas os médicos disseram que é involuntário”, contou. “Oro todo dia para ele acordar. Milagres existem”.
A notícia foi comunicada há cerca de três semanas somente aos amigos mais próximos. Dono do restaurante Arriégua, onde Dominguinhos encontrava os amigos para tocar sanfona, Luiz Ceará foi um dos que souberam do estado do sanfoneiro. “Foi com muita tristeza que recebi a notícia, mas já era algo esperado. O tratamento de quimioterapia era muito violento, muito cruel”, disse Luiz Ceará, que não foi visitá-lo. “Prefiro guardar a imagem dele bem, feliz”, disse.
Na foto, Mauro Moraes, Dominguinhos e Luiz Ceará no Juazeiro do Norte
Detentora de uma procuração de plenos poderes em relação a Dominguinhos desde 1994, Guadalupe afirmou que Mauro entrou na Justiça para conseguir anular o documento dela e ser o procurador do pai.
Por telefone, falando do apartamento do pai, Mauro foi bastante polido. Disse que não queria entrar em uma troca pública de agressões verbais e que o caso estava sendo resolvido na Justiça. Pediu para falar apenas sobre o pai. “Tive uma vida bastante sofrida. Meu pai foi ausente sim, por conta do trabalho dele, mas sempre o amei muito”, disse. “Deixei minha família no Rio de Janeiro e estou aqui em São Paulo exclusivamente para ficar perto dele e cuidar dele. Sou filho legítimo, por que não posso me hospedar no apartamento dele? Que mal há nisso? Pego dois ônibus todo dia para ir visitá-lo no hospital”, contou. “Não vou falar mal de ninguém, respeito muito Guadalupe e Liv Morais (filha de Guadalupe e Dominguinhos), mas não quero que denigram a minha imagem”, disse.(Blog Play)
Blog:Júnior Finfa
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