Fósseis foram encontrados na zona rural de Pesqueira
(Foto: Reprodução / TV Globo)
Fósseis de animais pré-históricos foram encontrados por moradores da comunidade rural do pequeno distrito Mutuca, no município de Pesqueira, no Agreste de Pernambuco. O achado fez com que o local possa ser estudado por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que levarão os ossos encontrados para uma análise em laboratório.
A descoberta aconteceu por acaso, no último domingo (6), quando um grupo de moradores encontrou os ossos, que eles pensavam ser de dinossauros. De acordo com a bióloga da UFPE Juliana Sayão, existe uma tendência de achar que todos os fósseis encontrados são de dinossauros, mas, pelas primeiras análises feitas por ela, os ossos achados são de mamíferos que viveram há muito tempo e que também foram extintos.
“É o caso desses ossos, que são da megafauna do [período] pleistoceno, que era um grupo de mamíferos que ficaram com um tamanho muito gigante. Por conta de mudanças climáticas que aconteceram no final do período, acabaram sendo extintos”, explicou a bióloga.
A pesquisadora acredita que os fósseis podem ter sido de uma preguiça gigante ou até de um gliptodonte, uma espécie de tatu gigante. O material dele nunca foi encontrado na região. Juliana informou que não havia a tradição da paleontologia em Pernambuco e, por conta disso, apenas houve o registro de que os fósseis existiram na área. Alguns deles foram levados ao Rio de Janeiro.
“É muito importante que a gente tenha um real conhecimento de qual era a fauna pré-histórica que existia no estado de Pernambuco. Então, a cada poço, a cada barragem que é construída, existe a possibilidade de novos fósseis serem encontrados e a gente aumentar o nosso conhecimento sobre essa fauna”.
A partir de um estudo aprofundado, será possível obter informações importantes como, por exemplo, qual era a espécie do bicho, a idade, o tamanho, a dieta e os hábitos alimentares do animal. A bióloga orientou a população para entregar os fósseis que encontrar. Os que já foram localizados devem ser preservados. Por lei, o sítio arqueológico e as descobertas não podem ser vendidos.
Do G1 PE
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