28/02/2015

PT-PE expulsa quatro prefeitos por infidelidade partidária


Segundo Teresa Leitão, os prefeitos não apoiaram Armando, João Paulo e Dilma em 2014
Foto: Edmar Melo/JC Imagem

O diretório do PT em Pernambuco concretizou, neste sábado (28), a expulsão de quatro prefeitos por infidelidade partidária. Eles foram acusados pelo PT-PE de apoiarem os candidatos do PSB nas eleições de 2014, em vez de pedir voto para os candidatos indicados pela sigla: Armando Monteiro (PTB) para governador do Estado, João Paulo (PT) como candidato a senador e a presidente Dilma Rousseff para reeleição.

Não fazem mais parte dos quadros do Partido dos Trabalhadores os gestores de Machados, Agemiro Pimentel; de Ibirajuba, Sandro Arantes; de Orocó, Reginaldo Crateú; e de Jatobá, Robson Leandro. A legenda ainda advertiu o prefeito Marivaldo Andrade, de Jaqueira, por descumprir parcialmente as determinações do partido para as eleições de 2014.

A tramitação desses processos foi iniciada em novembro do ano passado. "A decisão de apoiar Dilma, Armando e João Paulo foi muito discutida dentro do partido. Por que o prefeito se acha no direito de descumprir?", questiona a presidente do PT-PE, a deputada Teresa Leitão.

Segundo a dirigente do partido, outras expulsões que envolvem dirigentes, lideranças e vereadores estão em análise na Comissão de Ética do partido. Na próxima reunião do diretório, nova decisão deve ser anunciada. "Tudo isso faz parte de uma estratégia para fortalecimento e reunificação do partido. Para isso, as pessoas tem que colocar o partido acima de suas vontades pessoais", afirma a petista.

O ex-vereador Mozart Sales (PT) encara as expulsões como uma atitude equivocada, principalmente da parte do vice-presidente estadual da sigla, Bruno Ribeiro. Ele acredita que o partido não deveria ter colocado todos os prefeitos "no mesmo balaio". "Alguns desses prefeitos fizeram forte campanha para Dilma, principalmente no segundo turno. Eles mobilizaram regionalmente campanhas em prol do PT", defende.

Mozart diz que não se pode dirigir um partido olhando para o retrovisor, com postura rancorosa. "Achei muito ruim a postura do vice-presidente Bruno ribeiro, um cara que será presidente do diretório futuramente. Esse tipo de postura é tudo que o PT-PE não precisa nesse momento. Se o partido estava tranquilizando, agora os ânimos deverão se acirrar", conclui. Na eleição passada, quando Mozart disputou uma vaga na Câmara Federal, ele contou com o apoio do prefeito de Ibirajuba, Sandro Arantes. Por isso, ele faz questão de separar Sandro dos demais expulsos.

(Do JC Online)

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