Sinceramente, é com bastante desgosto, desânimo e desmotivado que exponho alguns acontecimentos que vêm ocorrendo na gloriosa Polícia Militar de Pernambuco, em especial, no 23°BPM. É inadmissível que em pleno século XXI, influências políticas interfiram no trabalho da polícia, coordenem ações na segurança pública de um Estado, façam dos Comandantes apenas uma figura ilustrativa à frente de uma tropa. De forma que fique mais claro e compreensível para a população, sociedade em geral e, principalmente, cidadãos de bem, narrarei brevemente o fato principal que afetou brusca e literalmente o trabalho e ação policial na área do Pajeú.
"Após recentemente uma guarnição tática do GATI realizar blitz/bloqueio na cidade de Itapetim, mais precisamente nos dias 05 e 06 desse mês, e consequentemente realizar algumas notificações de trânsito(multas) devido a flagrarem condutores dirigindo de maneira irregular, em desacordo com o Código de Trânsito Brasileiro, naturalmente, no estrito cumprimento do dever legal, por também não serem omissos e prevaricadores, foram tomadas as medidas cabíveis e proporcionais para cada situação.
Aparentemente tudo normal até aí, não é? “Tudo errado!” O ex prefeito da cidade de Itapetim, senhor que atende pelo nome de Adelmo Moura, com toda sua influência no governo do Estado, usando inclusive o poder dado a si por estar trabalhando na Casa Civil, cargo esse ocupado sem qualquer competência, prerrogativa ou através de conhecimento de causa, mas que atua diretamente na organização e diretrizes das polícias em geral, DETERMINOU que os policiais do 23°BPM não atuem mais em ocorrências relacionadas ao trânsito em Itapetim e em todas as outras cidades da circunscrição do batalhão, pois esse tipo de ação mancharia a imagem do governador e dos candidatos do PSB em ano de eleição.
Acidentes de trânsito têm tirado vidas com frequência na nossa região, muitas vezes por imperícia de condutores que não são habilitados, dirigem embriagados, alta velocidade, irregularidades diversas são as causas de muitas mortes no trânsito e a polícia está proibida de fiscalizar? Como assim? Que mundo é esse, ou melhor, que Estado é esse? Seria uma ditadura moderna? Pois bem, pasmem, para aqueles que dirigem seus veículos infringindo as leis, sem respeitar o Código de Trânsito Brasileiro, sem o mínimo respeito com o próximo nas vias, vocês estão de “PARABÉNS”, já que até outubro, até que as urnas sejam abertas, a desordem toma de conta radicalmente das cidades (treze ao todo) que fazem parte da circunscrição do 23ºBPM, com sede em Afogados da Ingazeira.
Tudo isso, consequência da vaidade de um político, senhor Adelmo Moura, e do nível da politicagem alcançada pelo Estado de Pernambuco, que rebaixa e diminui (já não é muita) a segurança da população em virtude do sucesso futuro nas urnas. Até o final de 2013 o governo jogava a polícia contra a população, comandantes coagiam policiais a gerarem ocorrências a todo custo, tudo no intuito de cumprir metas do programa Pacto pela Vida, mas caso determinados policiais não “produzissem”, eram ameaçados de transferência e cortados de algumas diárias/bonificações, motivo pelo qual o pátio do DETRAN de Afogados da Ingazeira encontra-se lotado de veículos.
Já em 2014 será o ano da omissão e prevaricação, onde os policiais deverão ficar “cegos” para as infrações de trânsito, a lei será congelada por um determinado período. No entanto, o que me deixa mais indignado, não é simples fato da polícia não poder mais multar, não poder mais agir, deixar temporariamente de atuar, mas o poder que uma pessoa despreparada pode ter de influenciar na vida de uma sociedade, famílias poderão sofrer e chorar de dor por uma ação meramente eleitoreira. É um absurdo! Segue anexo documento enviado para todas as Companhias, Pelotões e Destacamentos da área do batalhão, o qual tenta de alguma forma maquiar a verdade quando manda que o policial PRIORISE certos tipos de ocorrência, mas o próprio título do memorando diz tudo: DETERMINAÇÃO. Na prática, no dia a dia e verbalmente está proibido atuar no trânsito, sob pena de responder a uma sindicância, baseada em que ninguém sabe, pois se fazer o certo é motivo para um procedimento disciplinar, não se sabe onde irão achar um artigo para atuar um policial militar nesse caso.
Alegou-se, ainda, que o tempo para averiguação de documentos seria um empecilho para o trabalho, nunca foi e nunca será, é algo extremamente prático. Sei da capacidade investigativa da imprensa, a mídia exerce um papel imprescindível para uma população e por isso recorri a essa classe para pedir SOCORRO diante do exposto, isso não pode ficar às obscuras, subentendido ou mascarado. Analisem as resenhas de ocorrências do dia 06/02 em diante, nada de autuações administrativas, enquanto isso, os irresponsáveis do trânsito se divertem com a vida própria e alheia! E como se não bastassem os demais transtornos, reforço o desrespeito e descaso com os policiais militares que atuam no serviço operacional, pois diversas viaturas estão em péssimas condições de uso, principalmente, pelo desgaste de pneus, a viatura patrimônio 950032 sequer tem pneu de estepe e roda atualmente com um “careca”, ao ponto dos arames da estrutura estarem completamente visíveis.
Os coletes balísticos estão todos vencidos, eu disse TODOS, o policial militar que estiver de serviço estará usando placas VENCIDAS. Onde está a segurança do representante do Estado? Ele próprio não está protegido, então como proporcionar segurança? Simples, maquiar a realidade que é uma prática constante do programa “Pacto pela Vida”.
Lamento profundamente não poder me identificar, caso contrário, sofreria uma perseguição e sanções severas, o militarismo não nos permite emitir opinião, criticar ou colocar em prática a liberdade de expressão garantida na Constituição. Conto, dessa forma, com a colaboração, bom senso e imparcialidade da imprensa, em especial, a do Pajeú e do Pernambuco.
Atenciosamente,
Policial Militar do 23°BPM!
POR CAUÊ RODRIGUES
Uma operação conjunta das Polícias Civil de Minas e São Paulo terminou com nove assaltantes de banco mortos em Itamonte, no Sul de Minas. Os criminosos faziam parte do que a Polícia Civil chama de uma das mais perigosas quadrilhas especializada em explosões a caixas eletrônicos atuante nas divisas de Minas, Rio e São Paulo.
A polícia apreendeu fuzis, pistolas e bananas de dinamite que seriam utilizadas para roubos à caixas eletrônicos
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