30/08/2014

O PROTAGONISMO JUVENIL NA ESCOLA ARNALDO ALVES E A RELAÇÃO DELE COM A CONSTRUÇÃO DA DEMOCRACIA PARTICIPATIVA NO BRASIL

Nos últimos 15 dias ocorreram quatro eventos muito importantes na Escola Arnaldo Alves Cavalcanti: A Semana da Normalista, o campeonato interclasse, a reunião do Conselho Escolar e uma gincana estudantil. Na primeira atividade foi trabalhado o tema: Os desafios e as múltiplas competências do educador, na segunda atividade os alunos deram um show esportivo para a gente, na terceira atividade o Conselho aprovou diversas medidas democratizastes para a escola e na quarta e última atividade os alunos deram uma aula extraclasse de artes, cultura e conhecimentos histórico para todos nós. A questão que quero responder neste breve ensaio é: qual é a relação de todos estes eventos escolares com a construção da democracia participativa no Brasil?

(Tabira em Debate)
A SEMANA DA NORMALISTA
No primeiro evento, a Semana da Normalista, que faz parte da cultura escolar, o próprio tema instiga o nosso conhecimento sobre as múltiplas competências do educador nos tempos atuais. As Palestras envolvendo temas como “A afetividade como elemento viabilizador da aprendizagem”, “As relações humanas” e diversas oficinas pedagógicas não precisam nem ser destrinchadas aqui para mostrar que tudo isto tem a ver com a ampliação da democracia escolar. Como a escola não é uma ilha, estes eventos fazem parte de uma sociedade em transição da democracia representativa para a democracia participativa na escola e na sociedade, cuja democracia, na escola se constrói um embrião dela.
O NOSSO CAMPEONATO INTERCLASSE
O nosso campeonato interclasse, que também já faz parte da nossa cultura escolar, é organizado pelo Grêmio Estudantil e professores de Educação Física. Nele os alunos são protagonistas, desde a sua organização, até a participação nos jogos, promovendo um show esportivo a parte em diversas modalidades. Este evento demonstra muita criatividade e prepara os nossos atletas para futuras competições esportivas. O fato de ser o Grêmio Estudantil que está à frente demonstra que a escola contribui com este evento com a democracia participativa no Brasil também. Evidente que em todos estes eventos temos pontos positivos e negativos. Na avaliação que devemos fazer deles os pontos positivos servem para a gente ampliá-los; os negativos,  servem para a gente corrigi-los nas próximas competições.
A REUNIÃO DO CONSELHO ESCOLAR
Não há democracia participativa na escola sem um Conselho Escolar atuante. Nele estão todas as representações da sociedade no entorno da escola. O nosso conselho tem um histórico de ações e conquistas importantes para a escola.  Desta vez o conselho, com base em análise nas avaliações externas da escola, concluiu que evoluiu o aprendizado do nosso aluno, em outras palavras, os nossos professores estão ensinando cada vez melhor, mas ao detectar problemas que infelizmente não existem só em nossa escola,  como, a evasão escolar e a reprovação, decidiu aprovar que cada professor deve adotar uma turma para ajudar  nesta tarefa e aprovou também uma equipe de apoio ou uma “força tarefa” para ajudar na recuperação, em todos os sentidos,  destes alunos.
A GINCANA ESCOLAR
No último evento, a gincana estudantil, os alunos deram um show de artes e conhecimentos para todos nós.  Conhecimentos históricos sobre Tabira, pinturas, preservação do meio ambiente, do patrimônio público, frases e músicas mostraram os talentos ou os valores da juventude que temos em nossa escola. Para completar deram também uma lição de solidariedade com a arrecadação de muitos quilos de alimentos para famílias carentes.
A RELAÇÃO DA DEMOCRACIA ESCOLAR COM A DEMOCRACIA PARTICIPATIVA NO BRASIL
Recentemente a Presidenta Dilma Rousseff baixou um decreto ampliando a participação da sociedade nos destinos do Brasil. É evidente que em uma sociedade dividida em classes sociais como a nossa sempre há uma reação da elite política e econômica, ligada à direita neoliberal e conservadora, que fica contrária a este tipo de democracia. Para eles basta o cidadão eleger e se limitar aos restritos mecanismos de participação que temos hoje. Ampliá-los? Jamais. Esta democracia, na qual o povo não só vota, mas decide o que os seus representantes eleitos devem fazer com o dinheiro público, entre outras questões,  interessa a todos os trabalhadores e está em construção em nosso país. O nosso voto nas próximas eleições pode servir para avançar neste tipo de democracia ou regredir nela. Tudo depende de quem elegeremos para presidente, governador, senador e deputados. A nossa escola é um micro exemplo de democracia participativa no Brasil, nela estamos avançando neste rumo. Nela todo educador como trabalhador deve esforçar-se para ampliar a democracia. Nós, professores, funcionários, alunos e pais da escola pública em Tabira e no Brasil pertencemos uma classe, o proletariado, que só tem a ganhar com a ampliação da democracia. Esta democracia tem tudo a ver com a cidadania, que significa, “cidadão em pleno gozo dos seus direitos” e,  interessa a nossa escola também. Quem não gosta deste tipo de democracia são: a burguesia neoliberal, os ricos especuladores, pois eles não precisam ampliar direitos, nem participação política nos destinos e na renda do país. Eles elegem os seus representantes na política, por intermédio do financiamento privado das campanhas eleitorais, compra de votos e corrupção política, para manter o monopólio e o controle de tudo no país e no mundo capitalista.  Os trabalhadores são quem precisam acordar para ampliar os seus direitos,  votando certo, participando da democracia escolar,  participando da democracia social e da política forçando eles a dividir tudo conosco.
Por Dedé Rodrigues, no Blog Tabira Notícias*
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